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50. FESTA DO PIJAMA
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— Eu preciso urgentemente beber até cair.

Atsumu deixou o garfo cair de sua mão, sua boca aberta esperando um pedaço de peixe que nunca comeria. Seu choque era visível, afinal ele esperaria aquela frase de Oikawa, não de Akaashi.

— Que feio, Akaashi — ralhou Oikawa, em tom de deboche. — Quebrou o encanto que nosso filhote tinha sobre você.

— Eu só estou um pouco... Surpreso — admitiu Atsumu. — Aconteceu alguma coisa?

— Uma nova remessa de pessoas chegou ao palácio e é cansativo acalmar e alocar todos.

— Remessa?

— Servos, mulheres em sua maioria, que eu sequestrei — explicou Sua Alteza. Ele pegou o garfo que Atsumu deixou cair, espetou o peixe e levou até os lábios da raposa. — Coma.

Obedientemnte, Atsumu abriu a boca e comeu, sentindo o rosto queimar. Era o horário de jantar e, pela primeira vez, a ordem dos assentos havia sido trocada. Sua Alteza permanecia na cabeceira da mesa, mas agora a ordem dos lugares era:

Do lado direito; Atsumu, Oikawa e Kageyama.

Do lado esquerdo; Akaashi, Sugawara e Kenma.

Ushijima e Kuroo continuavam na mesa anexa.

Antes, Atsumu não tinha ideia do porque Akaashi cederia o lugar que era dele por direito, por ser o Primeiro Concubino. Mas agora, enquanto ele lhe olhava ser alimentado pelo príncipe, agora a raposa sabia porquê.

— Sequestrou? Está alfinetando o Primeiro Príncipe?

— Precisamente.

— Em resumo, me dando mais trabalho — acrescentou Akaashi. — Por isso mesmo eu não sendo um alcoólatra, como o Oikawa...

— Ei.

— Eu preciso de uma bebida.

— Por que não fazemos uma festa do pijama? — sugeriu Sugawara. — Aproveitamos para colocar a conversa em dia.

— Isso é uma boa — comentou Oikawa. — Afinal, com você grudado em Sua Alteza quase não conseguimos conversar.

— Deixa de ser dramático — brigou Akaashi. — Ele também vai muito à biblioteca. Ao contrário de você, Atsumu vai ser alguém na vida.

— Calúnia.

— Eu trabalho na administração do palácio, Suga é professor das crianças, Kageyama está treinando para ser um soldado e Kenma...

— Ele só pinta e dorme, um desocupado igual eu.

— Na maioria dos dias ele pinta para mim, Oikawa — lembrou Sua Alteza. Ele ofereceu uma uva para Atsumu. — Coma.

— Isso é tão fofo — comentou Akaashi, e os outros concordaram. — Mas é isso, o único de nós que não tem um trabalho é você, Oikawa.

— Ser um concubino já é o nosso trabalho. — O coelho revirou os olhos. — De qualquer forma, eu preciso de mais tempo com Atsumu. Vamos fazer a festa do pijama.

— Eu topo — disse Kageyama, que tinha seu rosto sendo limpo por Sugawara. — O treino está pesado. Kenma também, eu acho.

— Ele está dormindo — contou Sugawara.

— A conversa tá animada, mas eu tenho uma dúvida — gritou Kuroo da outra mesa. — Nós podemos participar?

— Mas é claro que não — responderam Oikawa e Akaashi ao mesmo tempo.

O Reinado do Corvo (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora