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56. RECOMPENSAS
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— Isto não é uma recompensa, é? — perguntou a raposa desconfiada.

Faziam alguns dias desde a infeliz visita de Hinata. A rotina voltou ao normal e tudo estava indo como deveria. Atsumu havia criado um cronograma para seus estudos, dividindo perfeitamente seu tempo para tudo. Havia tempo para seus estudos sobre magia e sobre a sociedade. Havia tempo para se divertir com os meninos e para ser caseiro com Sua Alteza.

Agora, Atsumu havia sido chamado ao escritório da princesa. Para receber um presente.

— Qual o problema de ser uma recompensa?

Esse príncipe realmente não entendia as coisas. Era melhor nem perguntar por qual motivo a raposa estava sendo recompensada.

— Eu não vou responder, Sua Alteza tem a capacidade de pensar sozinho. — Um riso vindo dela. Ela estava mais linda do que antes, seu cabelo longo preso e jogado pelo ombro. Ainda sem tranças, porque a raposa não havia aprendido. — Tudo bem, o que você tem para mim?

Sua Alteza deu tapinhas no próprio colo, uma ordem sem palavras. Atsumu obedeceu, jogando suas pernas por cima do braço da cadeira. Além do cheiro característico do príncipe, ela também cheirava como Oikawa.

— Aqui — Sua Alteza colocou a caixinha que Sakusa havia lhe entregado em sua mão. — Já pode abrir agora.

Finalmente, a raposa esteve bem curiosa a respeito disso. Atsumu abriu estranhando a coisa dentro. Aparentemente eram duas lentes de vidro ligadas por uma armação.

— O que é isso?

— Sakusa os nomeou óculos. É para melhorar a sua visão em forma humana.

Atsumu fez uma careta. Não gostava nem de pensar em sua forma humana. Antes era porque sua visão se tornava horrível, agora era só somar isso ao fato de que em forma humana não teria acesso a sua magia. Era um pesadelo.

— Quando Sua Alteza mandou que ele preparasse isso?

— A algum tempo. Você vai experimentar?

— Sim.

Mesmo não gostando de sua forma humana, ela ainda fazia parte de si. Assim como a raposa em que ainda não havia se transformado. Precisava fazer isso logo. Ao menos a forma humana não ficaria tão desconfortável se sua visão pudesse ser melhorada.

Dessa forma, Atsumu passou para a forma humana. Sentiu frio imediatamente, se encolhendo. Seu senso de equilíbrio foi para o espaço e tinha certeza que, se estivesse de pé, teria caído para trás. Ele passou as mãos por sua cabeça, com um grande desgosto.

— Eu quero minhas orelhas de volta. E minhas caudas.

Como Atsumu se sentia pequeno sem suas caudas, principalmente estando no colo de Sua Alteza. Sua visão continuava terrível como se lembrava. Já não conseguia distinguir o que estava a distância, e mesmo algumas coisas na mesa do príncipe estavam borradas.

— Experimente o óculos.

Atsumu segurou o dito objeto, abrindo as hastes. Depois de um momento de análise, enfim os colocou no rosto. Sua boca se abriu quando sua visão ficou igual era antes. Retirou e colocou o óculos uma vez, duas, três vezes.

— Uau. Que tipo de magia é essa?

— Não há magia. É apenas a mente genial de Sakusa. Ele prefere criar e confeccionar jóias. Foi ele quem fez minhas tiaras. Porém ele é capaz de criar qualquer engenhoca.

O Reinado do Corvo (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora