O Reinado do Corvo (AtsuHina)

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"We're living different lives, Heaven only knows
If we'll make it back with all our fingers and our toes
5 years, 20 years, come back
It will always be the same
…
If I was dying on my knees
You would be the one to rescue me
And if you were drowned at sea
I'd give you my lungs, so you could breathe
…
I've got you, brother-er-er-er
I've got you, brother-er-er-er"

"Estamos vivendo vidas diferentes, só Deus sabe
Se retornaremos com todos os nossos dedos das mãos e pés
5 anos, 20 anos, de volta
Será sempre do mesmo jeito
…
Se eu estivesse morrendo de joelhos
Você seria aquele que me salvaria
E se você estivesse afogado no mar
Eu te daria meus pulmões, para que você pudesse respirar
…
Eu estou com você, irmão-ão-ão-ão
Eu estou com você, irmão-ão-ão-ão"

(Brother, Kodaline)

76. REENCONTRO
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As pernas de Atsumu pareciam gelatinas. Moles, sem firmeza para dar sequer um passo. Ele sentou na beira da cama, uma mão massageando seu peito, onde seu coração martelava no peito. Sua respiração vinha entrecortada, trêmula.

"Ei, quer conversar?", perguntou Hasunari, de onde estava deitado em um canteiro de lírios.

"Eu só… só não acredito que vou me encontrar com meu irmão hoje. Estou ansioso"

"Não está conseguindo dormir. Por que não pede para Sho te fazer adormecer?"

Atsumu olhou para onde Sua Alteza estava, enrolado e abraçando uma de suas caudas. A raposa não se incomodou com as mãos nuas enfiadas em seu pelo ou na perna jogada por cima da cauda. Através do pedaço em que estava pressionada contra o peito da princesa, era capaz de sentir o coração dela batendo.

Sua Alteza fazia isso todas as noites, em algum momento.

Um floco de neve do tamanho de uma folha de papel veio flutuando do teto até as mãos de Atsumu. Uma mensagem do Palácio.

*Eu preparei um banho quente para você*

"Obrigado Palácio."

"Um banho pode ser bom pra espairecer", incentivou Hasunari. "Você precisa relaxar."

Talvez fosse uma boa ideia para Atsumu escutar sua raposa.

Devagar, Atsumu soltou sua cauda do aperto de Sua Alteza e colocou seu travesseiro no lugar. Caminhou a passos bambos ao seu banheiro pessoal, onde tirou a roupa e mergulhou na água quentinha. Submergindo, a raposa ficou um tempo sob a água, os olhos bem apertados. Foi uma péssima ideia, pois havia esquecido de colocar algodão dentro de suas orelhas. Agora havia água nelas.

Trazendo os joelhos para o peito, Atsumu se abraçou e suprimiu a vontade de chorar.

Uma batida na porta chamou sua atenção, seguida da voz de Sua Alteza.

— Tsumu? Está tudo bem? Eu posso entrar?

Atsumu estava se sentindo patético e não queria ser visto, mas estava tudo bem se fosse seu namorado, certo?

— Pode entrar.

A porta se abriu e o príncipe entrou, uma das mãos cobrindo os olhos. Atsumu soltou um risinho triste.

— Você pode olhar.

Uma frestinha se abriu entre os dedos dela.

— Tem certeza?

— Sim.

A água era turva e escura, e haviam bolhas, então nada de seu corpo ficaria visível. Além de que confiava em seu namorado.