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“She tells him: Ooh, love
No one's ever gonna hurt you, love
I'm gonna give you all of my love
Nobody matters like you (stay out there, stay out there)

She tells him: Your life ain't gon' be nothing like my life (straight)
You're gonna grow and have a good life
I'm gonna do what I've got to do (stay out there, stay out there)

So, rockabye, baby, rockabye
I'm gonna rock you
Rockabye, baby, don't you cry
Somebody's got you

Rockabye, baby, rockabye
I'm gonna rock you
Rockabye, baby, don't you cry”

“Ela diz a ele: Oh, amor
Ninguém nunca vai te machucar, amor
Eu vou te dar todo o meu amor
Ninguém é tão importante como você (fique lá em cima, fique lá em cima)

Ela diz a ele: Sua vida não vai ser nada como a minha vida (em linha reta)
Você vai crescer e ter uma vida boa
Eu vou fazer o que eu tenho que fazer (ficar lá em cima, ficar lá em cima)

Então, durma, bebê, durma
Eu vou ninar você
Durma, bebê, não chore
Alguém está com você

Durma, bebê, durma
Eu vou ninar você
Durma, bebê, não chore”

(Rockbye, Clean Bandit ft. Sean Paul e Anne Marrie)

86. PÊSSEGO
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Sakusa não precisava dormir. Nem comer. Mas ele gostava de sentar a mesa com os outros e fazer companhia. Muitas vezes levava comida para Akaashi, para ter certeza que ele estava comendo (encontrava Kenma no meio do caminho e eles trocavam conselhos de arte), e para ter o prazer de vê-lo comer.

Eram momentos pequenos e especiais.

E haviam vários outros, coisas pequenas que tornavam o relacionamento deles tão especial. Como ajudar Akaashi a escolher uma roupa para ir em um encontro com Kuroo, ou ajudar a arrastar Kenma para o banho. Mesmo a preocupação constante se Bokuto estava bem alimentado e com um teto sobre a cabeça era importante.

Mas dormir… Dormir era especial com Shoyo.

Francamente, por muito tempo Sakusa acreditou que dormir era um desperdício de tempo. Era jogar energia e tempo fora ficar com os olhos fechados durante oito horas por dia. Havia tanta coisa que poderia fazer nesse período.

Isto é, essa era sua visão como alguém que não precisava do sono. De alguém que secretamente, ou nem tanto, julgava os outros por uma necessidade fisiológica.

Bom, isso durou até aprender o que significava o sono para Shoyo.

Para Shoyo, dormir significava paz. A inconsistência era um lugar de refúgio, onde ele não era ninguém, onde não haviam obrigações ou deveres para serem cumpridos. Era um paraíso particular.

Depois de aprender isso, Sakusa passou a velar o sono de Shoyo. Abraçando-o por quanto tempo fosse necessário, mesmo que fosse “tempo perdido”. Porém, agora, enquanto eles ainda estavam conectados, com seu rosto aninhado no pescoço de Shoyo, recebendo carinho em seus cabelos, era Sakusa quem estava quase dormindo.

— Você não disse — resmungou Sakusa.

— O quê?

— Você não disse que me amava de volta.

Sakusa sentiu as pulsações do coração de Shoyo em sua bochecha, seu rosto apoiado onde o sangue corria forte.

— Eu também nunca deixei de amar você, Kiyoomi. Apenas… Me sinto muito culpado de estar com você.

Ah.

— Por que você não quer me devolver meu filho?

A mão que acariciava o seu cabelo hesitou, antes de retomar os carinhos.

O Reinado do Corvo (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora