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Aviso: Esse capítulo contém violência gráfica e menções a estupro.

“я никогда не точила клыки
я сразу была рождена острозубой
грустная сука, грустная сука
да, это мой осознанный выбор
перекрестись, когда видишь меня
подрываю твои убеждения
порчу твой день своим блеклым лицом
не волнуют твои возмущения
дикие псины боятся меня и огня
это не совпадение
сижу и блюю на твой мраморный пол
скалю зубы на тень в отражении”

“Eu nunca afiei minhas presas
Eu nasci de dentes afiados
Vadia triste, vadia triste
Sim, isso é uma escolha que eu fiz
Reze toda vez que você me ver
Eu desfaço suas crenças
Estou arruinando seu dia com meu rosto pálido e morto
E não me importo se você tá puto
Cães selvagens tem medo de mim e do fogo
Isso não é uma coincidência
Estou vomitando no seu chão de mármore
Sorrindo sobre meu reflexo do espelho”

(Sad Bitch, Ic3peak)

82. SURRA
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Hinata girava uma rosa nos dedos, parado no meio do Salão Mortuário. Sua expressão deixava claro seus pensamentos. Ele sabia que Shoyo viria.

— Shouyou! Você finalmente chegou. — Hinata arrastou a rosa pela lateral do rosto, um sorriso de abrindo. — Eu achei que teria que ir buscá-lo.

Shoyo não respondeu nada, seus olhos estavam focados no demônio. Do trono, o Rei Corvo assistia tudo com uma expressão de tédio, o queixo apoiado na mão.

Ele sabia que seu filho não faria nada.

O príncipe caminhou até o demônio, sua mão estendida. Com um risinho, Hinata deixou a rosa em sua palma. A flor congelou ao encostar na pele pálida e fria.

— Ah Shouyou, não é assim que se brinca. Assim não tem graça.

— Acho que você já brincou o suficiente por hoje. — Shoyo girou a rosa nos dedos. — Agora é minha vez.

Então, contradizendo todas as suas reações dos últimos séculos de vida, Shoyo acertou a rosa na face de Hinata. A flor se quebrou em milhares de pedacinhos, deixando vários cortes no rosto do demônio. O Rei piscou, surpreso. Enquanto Hinata levou a mão ao rosto e tocou o sangue que escorria. Ele olhou o vermelho em seus dedos e gritou.

— COMO VOCÊ OUSA ME MACHUCAR!? ESTÁ LOUCO?

— A culpa é sua. E eu estou apenas começando.

Hinata viu que ele não estava brincando e começou a recuar. Enquanto isso, olhou na direção do Rei.

— Ei, você não vai deixar ele me machucar, vai?

— Ainda estou decidindo.

Hinata recuou até estar grudado na parede, seu pânico crescendo enquanto observava o caule ainda nas mãos de Shoyo.

— Ei, Shouyou, você não pode fazer isso comigo.

— O que me impede?

Qualquer coisa. Hinata precisava dizer qualquer coisa. Qualquer coisa para ganhar tempo.

— Se você me machucar, nunca vou entregar o antídoto para o veneno que pus naquele caco de vidro.

Para o alívio do demônio, Shoyo realmente parou. O príncipe ergueu a sobrancelha.

— Que veneno?

— O que eu coloquei no caco de vidro, o que cortou o pé daquela raposa de merda.

O Reinado do Corvo (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora