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Aviso: Seguimos com a violência gráfica.

83. LIÇÃO
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O demônio rastejou, afastando-se, manobrando entre escombros. Fugindo. Isso enchia o coração de Shoyo de uma satisfação inumana. Era a primeira vez que tinha a oportunidade de colocar as mãos nele.

— E-e-e-ei Shouyou, você não quer realmente fazer isso, não é? — implorou Hinata, ainda rastejando. Essa era uma boa visão.

— Eu odeio quando você diz meu nome assim.

— Sho-Shou, por favor. Você não quer fazer isso. Foi só um cortezinho.

Hinata encostou em uma parede e olhou ao redor em pânico, percebendo que havia rumado para um beco sem saída. E Shoyo continuava se aproximando. Devagar. Deliberado. A espera era uma tortura a parte.

— Eu já disse. Não estou fazendo isso por causa de um cortezinho. — Shoyo se agachou, ficando na altura dos olhos de Hinata. — Você precisa aprender uma lição.

Sem dar tempo para ele tentar fugir, Shoyo agarrou uma das pernas de Hinata e se pôs de pé, pisando no joelho da outra. Arrancou os sapatos dele e rasgou a calça.

— O que vai fazer? EIN SHOUYOU, NÃO FAÇA ISSO. POR FAVOR, NÃO ME MACHUCA.

Devagar, Shoyo percorreu a sola do pé do demônio com a ponta dos dedos.

— Eu já falei. Não se preocupe, Hinata. — Shoyo sorriu e segurou um dedo. — Isso é para o seu bem.

Devagar, Shoyo quebrou aquele dedo. O grito de Hinata foi a coisa mais satisfatória que já havia ouvido.

— Não entendi porque você está gritando. Nós só começamos. Ainda faltam nove dedos.

Shoyo passou para o próximo, quebrando-o e o girando no lugar. Os gritos continuavam como música. O terceiro dedo foi quebrado.

— CHEGA, CHEGA, POR FAVOR. EU JÁ ENTENDI. JÁ APRENDI A LIÇÃO — berrou Hinata, lágrimas e ranho escorrendo por seu rosto.

— Mentir é feio. — O quarto dedo. — Você fez muito pior comigo. — O quinto. Um pé estava completo. — Não aguenta o básico de uma tortura? Mesmo tendo aplicado tantas?

Shoyo desceu as mãos até o tornozelo de Hinata, onde começou a torcê-lo.

— Você é muito patético.

Aplicando força, Shoyo quebrou o tornozelo de forma que o osso saísse para fora. Sangue encharcou suas mãos e as mangas de sua roupa. Hinata soltou um berro tão alto que fez os ouvidos do príncipe doerem.

— Você é o segundo ser mais patético que eu já torturei.

— O segundo? — perguntou o Rei, deitado de onde estava, a mão apoiando a cabeça. A outra no pênis.

— O primeiro lugar é reservado aos que se borram nas calças. ACORDA! — Vendo que Hinata havia desmaiado, Shoyo enviou uma onda de gelo por seus nervos. — Como foi a soneca?

— Por favor, eu estou implorando. Pa-para por favor.

Era deplorável.

— Por que eu deveria? — Shoyo começou a aplicar força no pé que pressionava o joelho do demônio, lentamente esmagando os ossos dali. — Você ainda não aprendeu sua lição.

Largando o pé finalizado, Shoyo pegou o outro e começou a quebrar os dedos sem demora. Já havia tido tortura psicológica suficiente para que seu plano funcionasse.

O Reinado do Corvo (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora