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"I feel we’re close enough
I want to lock in your love
I think we’re close enough
Could I lock in your love, baby?

Now I’ve got you in my space
I won’t let go of you
Got you shackled in my embrace
I’m latching onto you"

"Eu sinto que estamos perto o suficiente
Eu quero me prender ao seu amor
Acho que estamos perto o suficiente
Eu poderia me prender ao seu amor, meu bem?

Agora que eu tenho você no meu espaço
Eu não vou deixar você ir
Mantenho você acorrentado em meu abraço
Estou me agarrando a você"

(Latch, Disclosure feat. Sam Smith)

Ps: se forem ouvir a música procurem a versão do tiktok, é esse o remix que se encaixa no capítulo.

68. PAZES
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Nenhum dos dois soube o que dizer no momento em que foram deixados sozinhos. Pareciam que anos haviam se passado desde de manhã, quando estavam bem.

Finalmente, Sua Alteza se aproximou e tocou a testa da raposa, e sua expressão não foi agradável.

— Me deixe cuidar de você primeiro. Depois podemos conversar.

Atsumu apenas acenou e cooperou. Sua Alteza pegou uma toalha e secou o suor do rosto da raposa, mergulhando a toalha na água morna. Ele pegou panos grandes e os congelou levemente, enrolando-os ao redor de suas caudas. O alívio foi imediato.

— São oito agora — murmurou Sua Alteza.

— O quê?

— São oito caudas agora. Sua explosão de raiva quebrou mais uma barreira da sua magia.

Sua Alteza invocou um pijama para Atsumu, pois a esse ponto suas roupas estavam todas grudentas.

— Eu posso sair do quarto para você se trocar — ofereceu. — Ou me virar.

Mesmo que tecnicamente eles estivessem brigados, o príncipe permanecia sendo atencioso e respeitoso. Depois de pensar por um momento, a raposa estendeu a mão e segurou timidamente na manga da roupa do namorado.

— Você pode me ajudar? Não consigo alcançar minhas costas.

— É claro.

Ambos sabiam o que isso significava, como mesmo esse passo pequeno era enorme para a raposa.

Devagar, Sua Alteza ajudou Atsumu a retirar a parte superior de suas roupas. A raposa abraçou seus joelhos e expôs suas costas, tenso. Ficava cada vez mais relaxado a cada passada do pano morno em sua pele. Quando o príncipe terminou, lhe passou o pano, se virou e deixou a tigela com água morna flutuando em sua frente. O próprio Atsumu limpou seus braços, peito, barriga e pernas. E depois vestiu um novo pijama quentinho.

Sua Alteza virou de volta e invocou uma sopa. A tigela fumegava em suas mãos. Assoprou e mexeu um pouco antes de sentar na beira da cama, pegar a colher e começar a alimentar Atsumu.

A raposa comeu obedientemente até restar metade da sopa, quando perguntou:

— Sua Alteza não vai comer também?

— Não vou.

— Por quê? Não está com fome?

— Eu estou.

— Então?

Sua Alteza parou por um momento, ponderando.

— Minha garganta e meu estômago estão machucados. Vou vomitar tudo que eu comer.

— Isso foi o Hinata? O que ele fez? — Sua Alteza hesitou. — Você disse que iríamos conversar.

Finalmente o príncipe suspirou.

O Reinado do Corvo (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora