Capítulo 8

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Capítulo 8

Christopher acordou poucas horas depois, e pela escuridão do quarto, imaginou que o dia ainda não havia amanhecido. Olhou ao redor e notou a morena encolhida na cama, quase chegava a desaparecer em meio ao edredom. Sorriu sozinho ao contemplá-la.

Levantou-se, foi ao banheiro, e somente por entrar no local, lembrou-se de tudo o que havia vivido com ela ali; outra vez sorriu.

Aproveitou para também escovar os dentes e livrar-se da sensação ruim que tinha na boca, então voltou para o quarto e encarou o relógio digital ao lado da cama: 05:27am

Deitou-se outra vez, e sem poder resistir, puxou o corpo da namorada para perto, enroscando uma das pernas entre as dela. Abraçou-a por trás e sentiu-a naturalmente entrelaçar a mão à dele; ela sorriu de olhos fechados.

Christopher beijou-lhe o rosto e suspirou, sem precisar de mais do que alguns segundos para cair no sono outra vez.

Horas depois, o senador voltara a despertar, mas agora ouvia a música suave e baixinha ao fundo enquanto sentia os lábios marcarem suas costas, subindo lentamente por toda a extensão de seu braço até chegar ao seu rosto.

— Quem está me assediando a essa hora? – ele sorriu ao perguntar, mas não abriu os olhos.

— O amor da sua vida. – Dulce mordeu a pontinha da orelha dele. – Durante a noite, o gênio da lâmpada passou por aqui e te concedeu três desejos.

— Ah, sim? – ele riu sem mover-se. – A história infantil não diz que eu deveria esfregar uma lâmpada para isso?

— Você já esfregou outra coisa ontem à noite. – beijou o ombro dele, que gargalhou e se viu obrigado a abrir os olhos.

— María... – virou-se para ela e então a olhou com surpresa. – Uau! Você está linda! O que fiz para merecer tudo isso?

Ele reparou em cada detalhe dela e nem mesmo piscou enquanto os olhos passeavam pelo corpo da morena.

Dulce tinha o cabelo solto, bem penteado e com leves ondas nas pontas, usava uma tiara branca com algumas pedras que o homem não fazia ideia de como nomeá-las.

Usava também o robe de seda branco, na altura dos joelhos e fechado por uma fita vermelha que lhe rodeava a cintura. A maquiagem estava leve, como ele costumava vê-la, os lábios com um leve brilho e os olhos bem abertos devido às intensas camadas de rímel.

Ele alcançara reparar em apenas uma das orelhas dela, notando os sete pontos de luz distribuídos pelos furos e piercings da morena; estava encantado por ela.

Mirou ao lado e viu a bandeja sobre a cama, contendo dois pratos: um com frutas e outro tampado com o cloche de inox, que o impedia de ver o conteúdo em seu interior.

— Eu disse que te daria um bom presente de aniversário, não disse? – Dulce abriu um suave e delicado sorriso.

— Honestamente, sua imagem já é todo um presente! – estendeu a mão para ela.

— Faça um desejo, garoto aniversariante. – deu a mão para ele, mas não se aproximou.

— Já fiz e já se realizou. – entrelaçou a mão à dela. – Queria acordar com você comigo na cama. – ela riu baixo. – Achou que eu não me lembraria, né? Não tem tequila que me faça esquecer os momentos com você, garota!

— Faça um segundo desejo. – beijou a mão dele.

— Nada. – sorriu. – Estou bem.

— Faça um segundo desejo, amor! – acariciou a mão dele. – Por favor!

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