Capítulo 49

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Capítulo 49

— Dul? – a voz do homem ecoou pelo apartamento. – Dul? Linda?

— Oi! – ela gritou em resposta, esperando até que ele entrasse na sala.

— Hey. – sorriu ao ver a loira com as pernas cruzadas no sofá enquanto comia o pedaço de pizza.

— Tudo certo com a sua família? – olhou-o, mas ele seguiu quieto. – Dan?

— Você fica linda com o cabelo amarrado. – comentou, deixando o corpo escorregar ao lado do dela no sofá. – Bem... linda de todos os jeitos, mas com o cabelo assim fica ainda mais linda.

— É o mínimo que eu espero ouvir do cara que jurou que ia cozinhar o jantar, mas terminou pedindo pizza. – ela brincou e o alemão corou.

— Desculpe! É sério! – sem jeito. – Foi aquela bendita aula extra de ciência política. Se tivessem nos liberado mais cedo, eu teria vindo antes e preparado tudo. – ela arqueou as sobrancelhas ao ouvi-lo. – Me dá mais uma chance? Hm? Dul?

— Hm... – ela mordeu outro pedaço de pizza.

— Por favor. – aproximou os rostos. – Vale lembrar que eu te levei para o bar mais legal da sua vida. – ela, então, gargalhou. – E isso deve valer o dobro de esforço, vindo do cara que nem aqui cresceu. Tive que explorar a cidade para te impressionar!

— Valeu à pena, não? – ela o olhou de soslaio. – Você ganhou um beijo meu, naquele dia.

— Ganhei? Como era mesmo? – fingiu pensar.

— Tão pouco importante foi que você já se esqueceu? – contraiu levemente os lábios.

— Não. Foi tão bom que eu quero de novo. – tocou-lhe o rosto. – Quero muito. – e aproveitou a proximidade para roubar-lhe um demorado beijo.

— Filho da mãe... – sorriu entre o contato. – Pare de me ganhar desse jeito!

— Você me ganhou na grama da faculdade. – deu de ombros. – Estou rendido, acabaram as minhas barreiras!

— Dante! – ela arqueou as sobrancelhas e negou com a cabeça. – Aposto que tem metade das mulheres da Alemanha beijando os seus pés.

— Naaa... nem meia dúzia. – encostou o rosto ao dela. – E troco todas pela mexicana mais difícil, divertida e bonita que já vi.

— Isso é o que você diz. – sussurrou em tom de dúvida, mas não moveu-se.

— Essa é a verdade. – deu um selinho nela. – Eu diria ainda mais, se você fosse a minha namorada...

— Eu poderia aceitar, se você pedisse direito. – sorriu irônica e afastou os rostos. – Como foi na ligação com a sua mãe?

— Tenho carta branca para te pedir em namoro, é? – sorriu bobo.

— Dante Schäfer. – voltou a comer. – Como foi a ligação com a sua mãe? Responda.

— Foi ótimo, Dulce María Espinosa. – riu e pegou o próprio prato. – Disse a ela que não pretendo voltar para Munique tão cedo.

— Por quê? – olhou-o de soslaio, fingindo desinteresse.

— Porque tenho uma doce razão para ficar. – piscou e voltou a comer. – E isso me dá, a cada novo dia, mais um motivo para não sair daqui.

— E o que a sua mãe disse? – então girou o rosto para ele. – Sobre isso.

— Pareceu gostar. – lhe sorriu. – Disse que quer conhecer esse motivo tão doce.

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