Capítulo 45
Dulce María
Já estamos a caminho do hospital.Liev D.
Combinado, Espinosa. A equipe já está pronta e esperando por vocês.Liev D.
Bom dia pra você também, viu?Dulce María
Bom dia, Pasternak.
Dulce chegou ao hospital pontualmente às sete horas da manhã, ainda caminhava com certa dificuldade, assim como Christopher, mas não queria usar as muletas e atiçar a curiosidade da família e da imprensa.
Entraram novamente pelo estacionamento no subsolo, tudo estava tão tranquilo e limpo, que nem mesmo parecia que o lugar servira como um cenário de guerra há tão poucas horas. A morena levou os olhos para o espaço onde vira Anahí pela última vez, encarou o chão vazio e lembrou-se de cada grito da loira, do sangue de Yekaterina, de Liev no chão e Irina segurando a assessora; haviam passado todos pelo inferno.
— Não entre neste caminho, amor. – Christopher lhe tocou o ombro, era fácil deduzir em que ela tanto pensava. – Lembrar não mudará o passado e não trará benefício algum.
— Eu sei. – respondeu baixo. – Não significa que não doa, mas eu sei.
— Estou contigo. – beijou-lhe o rosto. – Vamos resolver tudo isso.
— Uhum. – deu um fraco sorriso e logo mirou o motorista. – Suri, nós não vamos demorar aqui, deixe tudo esquematizado da forma que combinamos.
— Sim, senhora. – assentiu. – Todos os carros estarão prontos.
— E a ambulância também. – ela completou. – O pessoal do Liev nos levará ao apartamento para buscarmos o Dario, enquanto isso... – inclinou o corpo para frente. – Suri, não tire os olhos do meu pai. Eu só confio em você.
— Não haverá uma só falha, prometo. – disse com firmeza. – O senhor chegará bem à Capital.
— Conto com você. – Dulce lhe deu um toque no ombro.
— Mantenha-se em comunicação comigo e com o Dario. – Christopher o olhou. – Poncho vai esperar por vocês no hospital.
— Perfeitamente, senhor. – novamente assentiu. – Não se preocupem, tudo sairá dentro dos conformes.
— Que assim seja, Suri. – Dulce lhe tocou o ombro. – Obrigada por tudo.
A morena entrou no hospital acompanhada apenas do noivo, caminhava com a consciência do que faria, agora tudo era diferente. Até mesmo o coração parecia bater em outro compasso, levava dentro de si um sentimento nunca experimentado, uma segurança que, ao mesmo tempo, também a deixava tão insegura. Era contraditório tudo o que conseguia sentir.
O médico já os esperava na porta do quarto, com a seriedade de quem não gostava das ordens recebidas, mas não se atreveria a questioná-las. Ao seu lado estava Jackson, com a expressão séria e concentrada de costume.
— Bom dia, doutor. – Dulce deu um leve sorriso.
— Bom dia, senhorita. – o homem assentiu. – Senador.
— Bom dia. – Christopher apenas o olhou. – Como o meu sogro passou a noite?
— Estável. – o médico respondeu, apontando a porta do quarto. – Entramos?
— Claro! – Dulce apressou-se e Jackson abriu a porta para ela, dando-lhe uma singela piscadela.
— O que "estável" significa na situação dele? – Christopher perguntou enquanto a noiva ia, dentro do que lhe era possível, caminhando a passos rápidos até a cama do homem.
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Jogada Política
RomanceSe tanto a queriam, ela estava ali. E permaneceria, não por gosto ou escolha, mas por uma necessidade inerente ao próprio caminho. Se tanto haviam desejado uma nova rainha, agora eles a tinham. Doce, mundo doce àquele do tráfico e da política. Do...