— Senhora? – Suri a mirou. – Para onde desejar ir?
— Para onde eu desejo? – estralou a língua. – Nem sei mais, Suri. – disse, mas o homem apenas a encarou. – Queria a minha vida de volta, queria ver a Samay, queria andar na rua, eu realmente desejo tantas coisas!
— Ahm... – sem jeito. – Não posso fazer tudo isso, senhora.
— Eu sei. – riu baixo. – Uma pena que você não seja o gênio da lâmpada, né?
— Ahm... é. – coçou a cabeça, sem jeito. – Mas posso te... conceder um desejo.
— Hãn? – surpreendeu-se por vê-lo entrar na brincadeira.
— Posso levá-la para ver a Samay. – deu um leve sorriso. – Sei uma maneira.
— Ver a Samay... de verdade? – deslizou o corpo para a ponta do banco. – A nossa Sama? No hospital e tudo?
— Sim, digo... a Samay.
— É, mas... – deu um leve sorriso. – Vai realmente me levar para vê-la? Só eu e você? Não vai contar para o Dario e me dedurar para o Christopher?
— Eu não digo nada, senhora. – desviou o olhar. – Nem sei de nada. – ela riu ao vê-lo.
— Você é realmente o meu gênio da lâmpada, Suri! – levantou o corpo e lhe beijou o alto da cabeça, então voltou a sentar-se no banco. – Me leve para ver a Sama, por favor!
— Sim, senhora! – assentiu prontamente.
Dulce aceitou prontamente cada gesto do homem, confiava plenamente que Suri a manteria segura, mas mais do que isso, acreditava que ele honestamente desejava ajudá-la.
Manteve-se em silêncio enquanto o carro parecia percorrer as mais diversas ruas na capital, e não disse nada nem mesmo quando Suri fez uma curta parada em uma casa que, para ela, era desconhecida. O homem parou em frente ao portão, abaixou apenas um pouco o vidro do carro, e logo a mulher aproximou-se e lhe entregou um saco preto. Ele agradeceu e arrancou com o carro em seguida.
Somente então foram para o hospital. Quando chegaram, o segurança estacionou no subsolo, e ainda com os vidros levantados, virou-se para a morena.
— Senhora? – pegou a sacola preta.
— Quem era a mulher, Suri? – Dulce questionou.
— Ela não viu a senhora. – garantiu.
— Eu confio que não. – disse tranquila. – Mas quem é ela?
— Um contato, senhora. – lhe entregou a sacola. – Que já fez muito por mim. Por toda a minha família... quando eu tinha uma.
— Não precisa dizer mais nada. – sorriu e puxou a sacola para si. – Eu te entendo.
— Garanto que ela sequer sabe que trabalho para a senhora. – disse firme. – Eu não arriscaria a segurança de nenhum de vocês.
— Suri. – encarou-o. – Não tem que se preocupar. Mesmo. – ele assentiu, e ela abriu a sacola preta. – O que é tudo isso?
— Acessórios. – apontou a peruca ruiva que ela segurava. – E roupas também. Eu vou cuidar de tudo, mas caso nos vejam, ainda preciso garantir que não a reconheçam.
— Isso soou até divertido agora. – prendeu o cabelo em um baixo coque. – Agradeça ao seu contato por não ter me dado uma peruca loira, dessa vez.
— Senhora. – sorriu sem graça e ela apenas deu de ombros.
Dulce colocou a peruca de comprimento longo e cor vermelha, depois vestiu o casaco preto que ele lhe dera e os óculos escuros. Para completar, deslizou o batom vermelho pelos lábios.
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Jogada Política
RomanceSe tanto a queriam, ela estava ali. E permaneceria, não por gosto ou escolha, mas por uma necessidade inerente ao próprio caminho. Se tanto haviam desejado uma nova rainha, agora eles a tinham. Doce, mundo doce àquele do tráfico e da política. Do...