Capítulo 42, parte II

339 42 385
                                    

— Vou avisar o tio Locho, você comunica o Dario?

— Sim, mas não quer trocar de roupa antes? Pelo menos para...

— Não vou me arrumar para dar na cara da Anna. – interrompeu-o. – Vou assim e vou bem rápido. Daqui a pouco te encontro. – entrou na cozinha.

Christopher aceitou apenas para não terminar criando um clima ruim com a morena, mas era evidente que não estava feliz com tal decisão. Se tivesse a oportunidade de comandar as decisões, claramente agiria de outra forma, mas respeitava a noiva e sabia que seria impossível acalmá-la antes que ela visse Fernando.

Assim como imaginava, a imprensava dera uma trégua para a família, o que facilitou a saída da casa.

Durante o caminho, Christopher foi combinando estratégias com Dario enquanto Dulce seguia concentrada no celular com Dante.

— Vamos entrar pelos fundos, María. – avisou-a, mas notou que ela sequer levantara o rosto para mirá-lo. – María? Amor? – tocou-lhe a perna. – Amor?

— Hãn? – então o encarou. – O que disse?

— Que entraremos pelo fundo. – disse novamente e ela apenas assentiu. – O que Dante te falou?

— Uma história louca. – arfou. – Quem o pegou foi mesmo a Yekaterina, não a Irina.

— Isso foi o que havíamos pensado, mas então... – ele franziu o cenho. – Acha que existe a possibilidade de a Yekaterina ter se passado pela Irina hoje? Para falar comigo.

— Acho que não, porque a história da Yekaterina foi antes, e agora eu acredito que a Irina o tenha resgatado justamente porque eu pedi. Porém... quer saber quem ele me disse que o visitou enquanto a Yekaterina o mantinha preso? – estralou a língua. – Anahí.

— O que? – piscou seguidas vezes.

— Alex, ela sabia onde o Dante estava! – bateu no banco. – Aquela filha da puta sabia onde ele estava! E fez todo aquele teatro! Que ódio! – voltou a bater no banco. – Eu sou tão idiota!

— Eu quero ficar surpreso, mas honestamente... – ele negou com a cabeça. – Isso é tão esperado da parte dela, que eu nem consigo me surpreender.

— Mas ela vai me ouvir! – mirou-o. – Amanhã, quando ela abrir aqueles olhinhos claros e cínicos dela, ela vai me ouvir! Cansei de ser idiota! – escutou o celular do motorista e então virou-se para ele. – Dario?

— É o Suri, menina. – atendeu rapidamente o colega. – Diga, Suri. Hm... uhum, sim, sei.

— Dario, fale algo! – Christopher o olhou com ansiedade.

Sim, combinado. – Dario assentiu, acelerando o carro ao mesmo tempo.

— Dario! – Dulce disse mais alto.

— Anna não está sozinha. – Dario avisou, olhando o casal pelo retrovisor. – Maksim também está lá.

— O que disse? – Dulce levou as mãos à cabeça. – Meu pai... meu pai, meu pai... merda, Dario, acelere esse carro, pelo amor de Deus!

— O que Maksim faz lá agora? – Christopher franziu o cenho. – María, não deveríamos ter deixado a sua família sozinha com a Anahí.

— Eu sou só uma! – Dulce grunhiu, frustrada. – Não sei mais o que fazer.

— Menina Dulce, me permita... – Dario opinou. – Me permita dizer que precisamos controlar primeiro a situação no hospital. E assim teremos condições de voltar para casa.

Jogada PolíticaOnde histórias criam vida. Descubra agora