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EU NÃO IMAGINEI QUE FOSSE encontrar Emma naquele beco. Não imaginei que ela era a possível garota que provavelmente seria vítima daquele homem. Eu sabia que algum dia ou a esse momento já saberiam quem tinha deixado aquele cara desacordado. Me meter em mais problemas não estava nos planos, mas eu não poderia sair dali sem fazer nada. Nesse caso, poderia ser qualquer outra garota ali, eu faria o mesmo.

- Meu carro não tá muito longe - falo virando em uma rua com a garota

- O que você tava fazendo naquele beco? - Emma pergunta cruzando seus braços, aparentando estar com frio

- Procurando uma lanchonete.

- Eu trabalho em uma. A única por essas bandas - a morena diz

Lembro da conversa com Bill. A garota que ele conversou na lanchonete, era Emma? Não poderia ser, ele disse que a mesma o reconheceu quando ele tirou os óculos. É possível ela só conhecer um dos gêmeos? Ou ela apenas não falou que me conhecia?

- Ah, entendi. Você parece estar com frio - falo tirando meu casaco e o colocando sobre a garota

- Tava tremendo tanto assim?

- Um pouco - falo rindo e olhando pra garota que agora fazia o mesmo

Eu não poderia ir com Emma até meu carro. E se fãs aparecessem de novo? Ela poderia saber quem eu sou, mas se sabia, porque não abriu o jogo logo de cara? Não, ela realmente não me conhecia.

Não queria deixá-la ali até que eu fosse até meu carro, mas também era arriscado ir com ela até lá. Porém adentramos em uma rua aparentemente segura. As luzes dos postes funcionavam devidamente bem, e haviam bastantes prédios ao redor. Se algo acontecesse, teria alguém por perto.

- Se importa de esperar aqui rapidinho? Vou correndo até meu carro - falo virando em sua frente

- Eu consigo andar, Tom.

- Eu sei, mas é rápido - falo e a morena concorda com a cabeça - Se você ver algum movimento estranho, grita, ou sai correndo. Mas se não der nada, me espera. Não demoro beleza?

- Beleza - Emma responde e saio correndo pelas ruas em direção ao meu carro. Tinha que chegar o mais próximo possível, antes que mais fãs me reconhecessem ali. Por sorte ele não estava longe. Entrei no mesmo e dei partida, tentando chegar o mais rápido possível ao encontro de Emma. Mas chegando na rua que eu a havia deixado, ela não estava mais lá.

- Emma? - chamo saindo do carro

- O silêncio era interrompido apenas pelos barulhos que viam dos apartamentos ao meu redor - droga!

Ela havia ido.

- Porque não deixou eu ir com você já que o carro estava tão perto - uma voz femina diz atrás de um carro

- Achei que você tivesse ido - falo assim que vejo a morena se levantar

- E eu ia, mas resolvi te esperar - não consegui conter o sorriso que havia se formado em meu rosto, mas logo voltei pra realidade e abri a porta do carro para a garota, que se aproximou e entrou.

- Segunda carona que você me dá hoje - ela diz colocando o cinto de segurança

- E já aprendeu que deve colocar o cinto.

- Eu já sabia, só esqueci naquela hora

- Aham, sei - falo rindo dando partida no carro

- É sério - a garota fala me dando um soquinho no braço

- Ai!

- Nem doeu - Emma dá de ombros

- Só não devolvo porque você é mulher.

- Machista?

- Não, só tô colocando em prática o que minha mãe me ensinou. Respeitar as mulheres.

- E chegar segurando na cintura de garotas que você nem conhece é respeito ? - ela tinha razão. Não era um ato muito legal, mas não consegui me conter no momento

- Vai dizer que não gostou? - pergunto pra morena que agora encontrava-se me encarando

- Não.

- Não mente que é feio senhorita Ross.

- Como sabe meu sobrenome ?

- Eu aprendi a ler no fundamental, acredita? - falo apontando para o que havia escrito em seu avental

- Ah, nem.lembrava disso aqui. Mas e você? Qual seu sobrenome? Ou tem algum apelido que eu possa te chamar? Tom é muito formal.

- Pode me chamar de amor da sua vida, o que acha? - falo e garota começa a rir

- Volta pro Tom mesmo então. Já tenho o amor da minha vida.

- Posso saber quem é?

- O que é. Meu violino, sem ele eu acho que não viveria.

- Acho que eu também não viveria sem tocar. Já é algo que faz parte de mim.

- Não sabia que você era assim com a guitarra. Senti uma conexão mas pensei que só fosse algo tipo um passatempo.

- É algo bem maior que isso - falo estacionando em frente a casa ds garota e indo até seu lado da porta, abrindo para a morena que logo desceu.

- Obrigada pela carona, de novo.

- De nada, gatinha. Se cuida, e não anda mais sozinha essas horas.

- Vivemos em classes diferentes Tom. Querendo ou não, eu preciso trabalhar.

- Sua segurança é mais importante - falo olhando para a garota com minhas mãos em meu bolso

- Não deixar tudo nas costas da minha mãe é mais importante que minha segurança - a garota diz e coço minha nuca pensativo

Ela era do tipo de garota com responsabilidade, que ajuda a família por mais que isso custe sua "adolescência perfeita". Isso me deixava ainda mais admirado por ela.

- Vou na sua lanchonete qualquer dia. Lá tem sanduíche de atum, não tem?- falo lembrando do que Bill disse

- Tem sim. Eu ia ficar feliz de te ver lá. Hum...obrigada por isso também - ela diz estendendo meu casaco mas eu recuso me aproximando

- Vai ter outras chances de devolver gatinha - sussurro em seu ouvido - Cuida bem dele, é um dos meus preferidos - falo e vejo a mesma revirar os olhos

- Boa noite, Tommy.

- Tommy? Curti - falo dando um sorriso de canto - Boa noite, gatinha - digo entrando em meu carro depois de esperar que a garota adentrasse em sua casa

Caralho, eu nem se quer comi ainda.

Oioi pessoal!! A fic bateu 10k de leituras hj e agora já tá com 11k 😍😍Mt obrigada. Tô pensando em postar mais um cap hj, mas vai depender do horário que eu terminar meu trabalho hehe

Ready? | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora