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-MAS QUE PORRA! - buzino para o carro da frente

O trânsito tava um inferno, em pleno sábado! Eu já estava a mais de meia hora parado ali e nada. Pra onde esse tanto de gente ia? Eu sabia pra onde, e também gostaria de ir, mas meu foco nesse momento é arrumar algo pra comer.

- Que se foda também - falo saindo da fila de carros procurando um lugar pra estacionar próximo.

Se eu quisesse encontrar algum lugar pra comer, a forma mais rápida seria ir andando.

Eu não estava muito longe da tal lanchonete que Bill mencionou, mas se eu fosse de carro teria que passar pela avenida, onde o trânsito tava ainda pior. Porque todo mundo resolve ir beber e dançar no mesmo dia? Claro, é o diga que estão livres, ou melhor, véspera do dia que vão estar livres pra ficar de ressaca e dormir até tarde.

Em algumas ruas consegui ver algumas garotas de saltos e bem arrumadas, provavelmente à caminho das discotecas que haviam por aqui. Uma me reconheceu de longe, e parou para tirar uma foto. Era tudo que eu estava precisando. Rapidamente, já havia mais de uma dúzia de meninas em minha volta.

- Tom! Assina minha camiseta!! - uma loira gritou em meio as outras garotas e assim eu fiz

- Posso tirar uma foto? - uma outra menina se grudou ao meu lado erguendo seu celular e batendo uma foto me dando um beijo na bochecha

Eu gostava das minhas fãs, mas as vezes elas invadiam o pouco de privacidade que eu tinha. Tentei me livrar das garotas mas essa possibilidade ia se afastando a cada vez mais. Elas não paravam de se aproximar, e minha barriga já estaca roncando.

- Obrigado meninas, eu amei encontrar com vocês hoje, em um sábado - digo tentando deixar claro que aquilo não estava me agradando nem um pouco - Olha só...Bill! - digo apontando para o nada e as garotas viram seu olhar rapidamente. Começo a correr sem direção na esperança de conseguir me livrar daquilo.

- Tom! - as garotas critavam tentando me alcançar enquanto eu corria

Entrei em ruas desconhecidas, mas de alguma maneira sabia que estava próximo de onde queria estar. As garotas estavam próximas, foi ai que decidi pular uma cerca que separava alguns estabelecimentos de um beco.

- Tom Kaulitz fugindo de fãs, uma ótima manchete - digo me enguendo depois de ter pulado

Andentrei no beco e percebi que todas as lojas já estavam fechadas. Para melhorar, as luzes dos postes piscava como se estivessem queimadas. Foi quando escutei uma conversa, tentei aproximar lentamente para que ninguém notasse minha presença ali.

- Pra onde vai a essa hora, mocinha? - uma voz masculina e aparentemente de algum de idade, fala

Não há reposta.

- Hum? Não acha que já está muito tarde? - consegui ver a silhueta do homem andar em direção de alguém
- Uma garota como você, tão bonita, deve saber fazer algo muito bem, se é que a mocinha me entende - o homem ri aproximando mais ainda da possível garota, onde vejo passar a mão sobre seu rosto, tal rosto pelo qual não consegui identificar por falta de luz.

- Não encosta em mim! - a garota diz e o homem a segura pelo braço

Essa voz, a sombra dos cachos....Emma.

- Olha como fala comigo mocinha, você tem que me obdecer a partir de agora, e ficar caladinha, ouviu?

- Solta ela! - falo aproximando e agora tendo a certeza de a possível garota era realmente Emma, a garota do violino.

- E quem seria você? O namoradinho dessa putinha aqui? An? - o homem fala. Agora conseguia decifrar seu rosto. Cabelo grisalho, corpo de quem faz anos que não pratica nenhum exercício físico e um olhar de quem provavelmente acabara de beber muitas e muitas caixas de cerveja

- Eu mandei soltá-lá, ou vamos resolver isso de outra forma.


Ready? | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora