Em Algum lugar – 8:15 da manhã.
Amanda e Keep saem com cuidado do elevador atentamente dando um passo após o outro em meio aos vapores da engenharia da nave. O imenso sistema nuclear de engrenagens gigantes que giravam, algumas em formato de pilastras com lâminas em espiral as quais mantinham a nave suspensa sobre alguma superfície instável abaixo. O nível onde os dois se encontravam era uma passagem para um corredor que se subdividia em mais outros cinco acessos. Nas paredes Keep, andando arqueado de medo e cautela, via impressionado os hieróglifos e símbolos místicos, uns familiares remontavam ao antigo Egito. Amanda adentra um salão diferente. Lá dentro centenas de cilindros enfileirados contendo espécimes de criaturas diversas denunciavam o caráter exploratório da nave:
— Que tipo de gente pilota uma nave dessas. Nunca imaginei nada igual. Animais bizarros, humanoides...
— Talvez clones. Olha isso Amanda!
Em um setor destacado, ao final da galeria, cilindros guardavam corpos humanoides, alguns deles com a mesma aparência, outros aparentavam espécimes de outros planetas levando em consideração a cor da pele, a penugem ou escamas.
— Ali!!! Ele está ali, Keep!
— Aquilo por trás da vitrine... é um laboratório.
— É o que parece amigo.
Os dois se aproximam do laboratório onde o homem, virado de costas para os dois amigos, vestia um manto violeta, cobria a cabeça coberta com um capuz púrpura. Próximo dele uma mesa com poções e livros da grossura de tijolos adornava um cenário tecnológico de dar inveja aos terráqueos. A sua frente cinco telas de projeção holográfica lhe davam os parâmetros de um objeto suspenso no ar e analisado por nano robôs em formato de aranhas.
— É o meu smart phone! — Disse Amanda.
— Acalme-se colega. Não sabemos se podemos morrer nas mãos desse cara. Preste atenção... vamos esperar os nanobots terminarem o serviço e assim que eles remontarem o aparelho nós atiramos no ''alquimista'' e saltamos de volta para Ibiza.
— Mas... e o relatório cara! Ainda temos tempo?
— Sim...quando saltamos nós provavelmente voltamos no tempo...
O jornal a data... Nova-Iorque...- pensou Amanda:
— Mas nada disso faz sentido!
— Shhh garota nanobots remontaram o seu celular. É agora!
O homem se vira e se dirige até um computador do outro lado do laboratório. Amanda não hesita, entra se esgueirando pela parede lateral do laboratório, seguida de Keep também com uma pistola em mãos Amanda consegue fugir do olhar do homem no manto violeta e quando ergue a mão para pegar o celular que acabara de ser colocado horizontalmente em cima da mesa de trabalho pelos nanobots, percebe que o homem está parado diante dela, congelado como uma estátua.
— Keep... — a Hacker levantou tentando parar o amigo, mas foi inútil...
Er
Após disparar o raio tonteador de sua pistola leizer, Keep não consegue perceber que outros dois homens com a mesma exata aparência daquele alquimista aparecem saídos de cilindros de hibernação e vestidos com o mesmo tipo de manto. Um deles estende uma das mãos em sinal de trégua e começa a falar:
— É chegada a hora de uma conversa de extrema importância. — Em seguida abaixou a cabeça e fechou os olhos como se tivesse sido desligado passando a palavra para o outro homem que aparentava ter acordado de um estado de sono. Amanda e Keep, perplexos, abaixam suas armas.
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Alcaline
Science FictionAmanda é uma jovem de 19 anos que ganha a vida como traficante de drogas sintéticas nas ruas da decadente Amsterdã do ano 3567. Após perder seu namorado em um atentado ela descobre que sua cabeça está a prêmio. Sem saber o que fazer ela acaba por ac...