Quando Henrique chegou ao duplex na Vieira Souto, encontrou seus pais e o irmão na sala de estar.
— Meteu-se em alguma confusão de novo, Henrique? — perguntou com olhar de indignação Egberto.
— Filho, o que aconteceu? Esta camisa que lhe dei foi caríssima! — diz Carmem e todos olharam para ela. — O que foi? Por que estão me olhando assim? Falei algo errado? A camisa é importada, vocês não estão acreditando? — Egberto e Pedro reviraram os olhos. — É uma camisa alemã! — acrescentou.
— Não, pai! Eu não briguei! Por que o senhor acha que só faço isso? Que droga! — disse Rique sem paciência.
— Por que será, seu cínico? Você só se mete em confusão! Quando você irá pôr um pingo de juízo nesta sua cabeça, Henrique Macedo Lisboa? — bravo Egberto lhe falou.
— Calma pai, foi apenas um descuido de uma fulaninha sem noção no restaurante. — mentiu — Derrubou vinho em mim sem querer.
— Que nada, seu Egberto, aquilo não era restaurante... — comentou André.
— André! — gritou Rique.
— No mínimo, cê deve ter dado uma de suas cantadas baratas! — comentou e gargalhou Pedro; conhecendo muito bem o irmão, Rique fechou e esbravejou:
— Vá à merda! — impaciente esbravejou Henrique ao irmão.
— Henrique, eu já lhe avisei que não quero este tipo de palavreado aqui em casa, é melhor tomar um banho frio para ver se esfria esta sua cabeça vazia. — advertiu Egbert.
— Henrique, filho de "mamis poderosa", na segunda-feira, você irá comigo levar "Gabriela " ao veterinário? — perguntou Carmem, fazendo biquinho — Ela está tão deprimida.
Rique, revirou os olhos, não a respondeu, subiu para tomar banho e trocar de roupa. Ele estava estranho. Chamou a todos para o seu quarto. Quando chegaram, Paolla e Vini foram conversar na sacada do gigante aposento, enquanto Rique e André trocavam-se.
(...)
NA SACADA DO QUARTO...
— Que visual, né? Avenida Vieira Souto é top, mó linda! — disse Vini a Paolla que concordou.
— Pois é, Vini, quem mora, nunca dá o valor; porém quando não se mora, o valor é sempre maior, sacô migo? — alfinetou a patricinha e Vini fingiu não entender o que ela dissera, apenas falou como um anjo:
— É mesmo, amiga! — dissimulou. — Na Gávea, tem também seus encantos, também. — respondeu.
— É né? — disse Paolla sem acreditar muito. — Quando cê vai chamar a gente pra ir lá? — Vini fingiu não escutar.
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OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)
Фанфик"Atitudes valem mais do que duas mil palavras. E alguns olhares valem mais que quinhentas declarações de amor." Clarissa Corrêa Dois seres completamente diferentes no modo de pensar e de agir que em um dado momento, seus olhares se encontram e veem...