12. Verdade e Desabafo(1)

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Quando Giu saiu da piscina e rumou para o seu quarto para trocar-se; tomou banho, colocou bermuda e camiseta e sentou-se na cama com um olhar perdido em seus pensamentos. Era perceptível que algo se passava com ele, a cada segundo ficava mais difícil. 

Giu não parava de pensar:

"Não era pra eu estar assim, me sentindo péssimo diante de tudo que me aconteceu... não tô sabendo lidar com o fato.

Já havia passado um bom tempo e Giu continuava com seu conflito interior: questionamentos, o sentimento de culpa, irritabilidade, sensação de caos interior, frustração, medo...

(...)

Mas ora...ora! O que será que meu amigo tá pensando?  perguntou Handhal. Posso entrar?

— Claro, meu amigo! Senta aí

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 Claro, meu amigo! Senta aí.  Giu apontou-lhe a poltrona no canto do quarto e de frente para cama.

— Obrigado.  agradeceu Handhal.  Amigo, é impressão minha ou você realmente tá angustiado com algum treco?

— Não é nada não, meu amigo, só tô cansado mesmo da madruga de ontem.

 Giu, cê acha que vou cair nesta? Somos amigos, cara! Desde ontem que percebo que você não tá legal.

 É somente impressão mesmo... Já lhe disse, só tô cansado.  Giu, tentando desvencilhar-se do assunto.

 Amigo, cê não confia em mim?

 Claro que confio, mas não é nada mesmo.

 Então, por que você veio no táxi sem falar nada? Eu lhe conheço! Cê tava antes brincalhão pra caralho... Percebi quando você retornou do banheiro da danceteria, tava diferente, inclusive irritado. Diga pra mim se é mentira?  Handhal, como sempre, muito direto e franco ao notar o desconforto do amigo com algo.

 Porra, Handhal, já lhe disse que não houve nada! Cacete!  esbravejou Giu.

 Cara, olha como você tá falando comigo alterado... Precisa disso? Cê nunca foi de falar assim, porra, nem quando divergíamos de algumas ideias.  calmamente falou Handhal, sem esboçar irritação.  Na boa, cê acha justo falar comigo assim? Olha o tom em que falo e olha o seu. Tô aqui somente pra conversar e lhe ajudar. Como você quer que eu aja?

 Desculpa amigo, mas não tô legal mesmo, mas não quero falar sobre o assunto que eu mesmo não sei como entender.  finalmente, Giu admitiu.

— De que assunto? Dos olhares no restaurante entre aquele "brutamontes sem cérebro" e você?  Handhal com o olhar fixo no amigo, que ficou assustado com que ele perguntara. 

Por essa Giuliano não esperava...

 Que isso, Handhal? Tá maluco? Não tô lhe entendendo. Aonde cê quer chegar? Tá doido?  falou Giu com voz não convincente, talvez pelo choque da pergunta.  De onde cê tirou essa merda? E eu sou lá de ficar trocando olhares com outro homem? Cê bebeu? Apenas tava trabalhando!

OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)Onde histórias criam vida. Descubra agora