Então, um tiro fora dado...
Um casal, um policial civil à paisana e sua esposa delegada, que saíam do restaurante, conseguiram ver aquela cena deplorável . Então, ele deu um tiro para o alto, depois outro, fazendo com que toda gangue se assustasse e revidasse com tiros, tentando acertá-los; mas foi em vão, pois eles protegeram-se e continuaram na troca de tiros.
O tiroteio chamou a atenção à medida em que era ouvido nas proximidades e, sabendo que outros policiais poderiam chegar a qualquer instante por já estarem acostumados àquela situação; com medo de serem pegos; os criminosos, próximos a Giuliano, fugiram com certa uma rapidez; os outros, que estavam escondidos na área escura de onde saiu a ordem de execução, tiveram um certo problema, que precisou de uns dos integrantes da gangue para socorrer.
— Sílvia! — exclamou o marido, vendo alguém caído no chão ensanguentado. — Eu vou ligar para o pessoal da polícia e você aproveite e ligue para o SAMU. Vai! Corre... — pediu apressadamente e foi observar à vítima.
Do escritório, todos ouviram o tiroteio.
— Tiros?! — nervoso perguntou Giuseppe.
— O que está acontecendo? — apavorada gritou Sandra. — Será assalto? — pausou, lembrou-se de algo. — Meu Deus! Giuseppe, nosso filho?! NOSSO FILHO, GIUSEPPE!
Rique gritou mesmo não sabendo de nada:
— VIDA! — apavorado e transtornado. — VIDA! NÃOOOOOOOOOOOOOOO! — foi a primeira coisa que veio a sua mente.
Rique saiu correndo do escritório, vendo nas dependências do restaurante ainda alguns clientes e funcionários em pânico e, precisamente na recepção, uma mulher de voz firme e determinada que entrara correndo, dizendo que havia uma pessoa ferida no estacionamento e logo ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), por meio do telefone 192 e sinalizando o ocorrido.
Quando ouviu o que a mulher dissera, Rique ficou fora de si completamente desatinado, gritando: "Vida... Vida... Vida" em um choro compulsivo, correu e logo fora seguido pelos sogros, Antonella, Handhal, Jamille e Pedro angustiados; alguns curiosos também juntaram-se para ver.
Conforme, Rique ia aproximando-se, seus passos iam se tornando pesado e mais lentos, vendo o guarda-chuva e a mochila jogados de lado e o sangue misturado à água da chuva em poças do chão; triste e angustiado, seu choro aumentava e tornavam-se em gritos desesperados.
Ao chegar junto ao policial próximo ao amado ensanguentado, Rique caiu de joelhos ao chão ao seu lado e soltou um grito gutural de dor.
— NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOO! VIDA, NÃOOOOOOOOOOOOOOOOO!
Rique tentou abraçar-se ao amado, mas fora impedido pelo policial civil Figueiredo, este era o nome dele, pois deixara a vítima em posição lateral de segurança(PLS) e isolou os locais, ficando no aguardo do SAMU.
Ao ver aquela cena de profunda tristeza; Sandra, ao notar que era seu filho, também gritou e desmaiou, sendo aparada por Giuseppe atormentado, destruído internamente, que a levou para dentro do restaurante para ser socorrida.
Antonella, aos prantos nos braços de Handhal, este com as lágrimas que desciam, porém mais comedido, dentro do possível, para dar força aos parentes e amigos, não acreditando no que estava acontecendo; Jamille agachada, em choque, com as mãos na cabeça soluçava e rezava.
Policiais militares chegaram ao local onde Giuliano estava, pediram de imediato ao policial Figueiredo as informações dos fatos. Em seguida, conversaram com Handhal, por ser a pessoa em condição mais equilibrada naquele momento para transmitir-lhes alguns dados e um policial disse-lhe para que os responsáveis registrasse um "Boletim de Ocorrência".
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OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)
Fanfiction"Atitudes valem mais do que duas mil palavras. E alguns olhares valem mais que quinhentas declarações de amor." Clarissa Corrêa Dois seres completamente diferentes no modo de pensar e de agir que em um dado momento, seus olhares se encontram e veem...