"Atitudes valem mais do que duas mil palavras. E alguns olhares valem mais que quinhentas declarações de amor."
Clarissa Corrêa
Dois seres completamente diferentes no modo de pensar e de agir que em um dado momento, seus olhares se encontram e veem...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
No dia seguinte por volta das dezoito horas, Rique saiu de Copacabana em direção ao duplex em Ipanema. O percurso não fora demorado, ele estava apenas apreensivo a tudo que poderia acontecer na conversa que teria com seu irmão. Ele sabia que Pedro não tinha preconceitos, mas não sabia como o irmão reagiria à revelação.
Quando entrou no duplex, foi direto ao seu quarto; minutos depois desceu, foi à cozinha, deu um beijo em dona Matilde.
— Nossa, menino Henrique! Que beijo gostoso, menino!
Rique deu um abraço apertado e apertou as bochechas dela com carinho.
— Boa noite, dona Matilde! Cheiro 'bão'! — inspirou fundo.
— O jantar já tá quase pronto! Cê vai jantar?
— Vou sim, obrigado! Ah, Miguel tá chegando! Tudo bem?
— Claro. — disse ela sorridente. — Meu menino, onde come um, comem dois...
— A senhora sabe a que horas Pedro chega?
— Disse ele, que chegaria às vinte, por quê?
— Nada, eu só quero levar um lero com ele. — beijou-a novamente e saiu.
(...)
Apesar de tudo que poderia acontecer, quando Rique chegou à sala de estar, ficou olhando tudo ao seu redor, deu um sorrisinho bobo, sentou-se no sofá, fez uma pausa respirando fundo. O interfone tocou, Dona Matilde atendeu e foi avisá-lo que o amigo estava subindo.
— Beleza, Dona Matilde! — Ela retornou à cozinha, enquanto Rique foi abrir a porta.
— Aê, apaixonado! — disse Miguel assim que entrou. — Animado?
— Sim, mas tô achando que Pedro, não vai aceitar... Senta aí. — disse apontando para poltrona.
— Caramba, Rique, a opinião dele de nada vale, se você e Giuliano já estão decididos. — fora franco como sempre.
— Eu sei, Miguel, mas não é tão fácil pra mim, saca? Não quero brigar com meu irmão ... Quer beber alguma coisa? — Miguel respondeu que não e continuaram a conversa.
— Então, cê quer perder o Giuliano? Pelo que vi no seu apê, ele parece gente boa pra cacete; então, vá em frente, amigo!
— NÃO PORRA! De maneira nenhuma!
— Então, serei bem sincero com você: Pedro é meu amigo e é legal pra caralho, o mínimo que ele pode querer, é sabe de tudo; por isso, peço que não tenha meias palavras, porque com ele isso não cola, entendeu?
— E se eu ficar bolado na hora, Miguel?
— Simples, amigo, estarei aqui para ajudar... Ele taí?
