Horas passavam-se e nada dos sequestradores entrarem em contato, obviamente houve alguma mudança de plano. Mas por quê? A cada minuto, Egberto desesperava-se, parecia enlouquecido sem saber notícias; agradeceu aos policiais pelo trabalho até ali feito incansavelmente; a Giuseppe e Sandra pela hospitalidade e a compreensão.
— Egberto não tem nada a agradecer, como eu já disse: somos uma família; meu filho está sofrendo tanto quanto você, ou seja, todos nós estamos no mesmo barco. — disse Giuseppe.
— Agora, Egberto, temos de orar e paciência e aguardar os próximos acontecimentos, não podemos perder a fé. — disse Sandra.
— Eu sei, mas a cada minuto fica difícil. Já era para eles terem feito contato. Estou uma pilha de nervos.
— Calma, tudo se resolverá da melhor maneira. — disse-lhe Giuseppe, dando-lhe um forte abraço.
(...)
Nas "DAS", Bennett confabulava com toda sua equipe sobre o não contato dos sequestradores; conhecedor do local do cativeiro, pensou em outra estratégia, quando lhe foi entregue o trabalho detalhado da inteligência com os dados da investigação, resolveu mobilizar "policiais militares, agentes de choques, o BOPE ( Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro, inclusive, socorristas do SAMU; fora aqueles que lá estavam à espreita, pois Bennett daria ordem para "estourar o cativeiro" assim que chegasse por lá; porém não descartou àqueles que estavam próximos ao aeroporto Tom Jobim, deixando-os lá na retaguarda, caso precisasse.
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NA CASA DOS "PASTORE PAUSINI"
Somente os policiais sabiam da operação "Voo Rasante" e não comentaram por determinação do delegado, a única coisa que ele pediu aos seus comandados, que quando houvesse o contato dos sequestradores com Egberto, que o colocasse a par imediatamente e agissem normalmente como o combinado.
Tudo era tensão dentro da casa à espera do contato, que só aconteceria às dezessete horas, com as indicações do local e hora, mais as exigências. Egberto fez tudo o que era para ser feito, colocou a grande quantia de dinheiro dividida em dois sacos plásticos grandes e resistentes e lacrou-os, seguidamente pôs cada um em sacolas de couro grandes diferentes; mais tarde, rumou junto com um dos policiais disfarçado de seu motorista.
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Bennett já havia saído com os policiais militares, agentes de choques, o BOPE em direção à Nova Iguaçu e avisara Águia Dourada; também pediu que os socorristas do SAMU de Nova Iguaçu estivem preparados e que ficassem distantes perto da mata.
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A "DAS" chegou ao local do cativeiro, deixando as viaturas escondidas em uma estrada de terra, até mesmo, as duas ambulâncias do SAMU; entretanto antes de entrarem na mata para cercarem o casarão, uns dos policiais falou a Bennett que recebera a mensagem de que o sequestrador havia entrado em contato, marcando a hora e o local com Egberto; o delegado de imediato comunicou com Águia dourada que a entrega do dinheiro seria no galpão por volta das vinte horas, onde Egberto colocaria as sacolas de couro na segunda porta à direita no chão.
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Águia Dourada também chegara e estava já à espreita com seus homens e viam todas as movimentações; souberam que os reféns estavam no galpão atrás do casarão e elaborou todas estratégias com seu grupo para o resgate pelo telhado e adentrarem sem que ninguém os percebessem.
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OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)
Fanfiction"Atitudes valem mais do que duas mil palavras. E alguns olhares valem mais que quinhentas declarações de amor." Clarissa Corrêa Dois seres completamente diferentes no modo de pensar e de agir que em um dado momento, seus olhares se encontram e veem...