Pelas duas e meia da tarde, Giuliano estava já arrumado para encontrar com Rique no coração tradicional do bairro da Tijuca, à Praça Saens Peña. Desceu foi até a sala, onde estavam seus pais.
— Filho meu, você mal acabou de chegar da faculdade e já vai sair?
— Vou sim, pai! Quero comprar algumas roupas no "Shopping 45".
— Não vai esquecer de ir ao restaurante hoje, ouviu? — disse Giuseppe com sorriso cabreiro. — Giuliano, você sabe que quinta tem que ir para búzios. Não é?
— Sim, pai, já sei... pode ficar tranquilo. Resolverei tudo por lá, confia.
— Confiar, eu confio, o problema é quando você sai, deixa de ir ao restaurante e chega com chupões no pescoço. — alfinetou Giuseppe.
— Amore, por favor! Deixa o menino em paz. — disse Sandra, contendo o marido.
— Deixa, mãe, papai só está jogando uma direta, já tô acostumado.
— Quem, eu? — debochou Giuseppe. — Fala sério!
— Tá bom pai, tá bom... Mãe, cadê Antonella?
— Ela saiu com Handhal, filho, mas não disse aonde iam.
— Amore mio, tienili d'occhio, capisci? (Meu amor, fique de olho neles, entendeu?) — Giuseppe alertou, colocando o dedo indicador embaixo de seu próprio olho.
Sandra respondeu confiantemente: "Sì, Giuseppe, vedo. Handhal è un ragazzo eccellente, stai tranquillo, amore mio." (Sim, Giuseppe, vejo. Handhal é um excelente garoto, não se preocupe, meu amor.)
Giuliano deixou os pais conversando e saiu para o encontro.
Rique, ainda de cabeça cheia devido à briga e separação dos pais, foi assim mesmo para o encontro, ele não poderia deixar de encontrar Giuliano, cujas memórias da noite anterior ainda estavam vivas.
Antes, Rique não atendeu às ligações de Paolla, que ainda estava furiosa com término daquilo que ela dizia ser namoro; ele também conversou com André, dizendo que tinha um compromisso sério, coisa esta que deixou André irritado, perguntando aonde iria, com quem, ou seja, queria saber o paradeiro, chegou inclusive a ligar para Pedro, este não deu nenhuma informação; primeiro, porque não sabia; segundo, porque jamais daria informação sobre seu irmão para alguém; terceiro, não o suportava e não confiava nele.
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OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)
Fanfiction"Atitudes valem mais do que duas mil palavras. E alguns olhares valem mais que quinhentas declarações de amor." Clarissa Corrêa Dois seres completamente diferentes no modo de pensar e de agir que em um dado momento, seus olhares se encontram e veem...