16. Fica hoje comigo?

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"(...)

Tomaram banho, limparam-se; na hidro mais carícias e pegação, enxugaram-se, voltaram para o quarto. Giuliano recolhia suas roupas espalhadas pelo chão, enquanto Rique observava-o; então, perguntou novamente:

Fica hoje comigo?"

— Fica hoje comigo?"

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— Rique... – me acomodei na cama.

 O que foi? Se arrependeu?  me perguntou com um olhar duvidoso.  Eu sei... Até entendo, "Dois machos se pegando?", aposto que é nisto que cê tá pensando, né?

 Não, Não me arrependi, mas não posso mentir que não esteja pensando nisto... realmente, jamais poderia imaginar... Eu, você... é muita ...  fui interrompido rapidamente por ele.

 Calma, Giu!  disse pegando em meu rosto.  Fizemos coisas que jamais imaginaríamos fazer até ontem, sacô? Na hora, juro que não pensei, apenas me entreguei.  olhou fundo em meus olhos.  Nós nos entregamos, cara, temos que admitir. É na masculinidade que cê tá pensando? Entenda... Somos homens viris e nunca deixaremos de ser, mas aconteceu, lek.

 Mas, Rique, não é só por isso...

 Então, é mais o quê?  me perguntou carinhosamente com seu olhar fixo, segurando minhas mãos.

 Rique, eu sou de uma família muito unida, nos preocupamos uns com os outros, Entende? Quando saí para encontrar você.  ele me abraçou e ficou acariciando meus cabelos.  Eu falei pra eles, que iria encontrar um casal amigo da faculdade e isto me deixou muito chateado. Minha família é meu porto seguro sempre. Ainda mais pelas horas, cara, não dará tempo de ir pro restaurante ajudar meu pai, acontece que pensei que seria rápida nossa conversa de mais ou menos uns cinco minutos, ou menos... Eu iria falar a você poucas e boas.  ele riu.  E olha no que deu?

 Deu foda, moleque, foda, moleque...!  repetiu várias vezes, me agarrando e me fazendo cócegas.

 Otário, para com esta porra, Rique, para!  eu ria, tentando me desvencilhar de seus braços, quase perdendo o fôlego...  Para, mané! Para!  ríamos como loucos até pararmos e nos encararmos.

 Que horas são?  perguntei e Rique, se virou, pegou o celular na cômoda ao lado e respondeu:

— São 22 horas, caramba!

 Tá vendo? Não senti as horas passarem, ou melhor, não sentimos.

— É mesmo, não sentimos, a hora voou...

OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)Onde histórias criam vida. Descubra agora