018 | NÃO QUERO MAIS!

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- Aonde você está garota? - A voz com um tom de raiva da minha mãe suava do outro lado da ligação.

- Quer dar uma de mãe só agora? - Suspiro revirando meus olhos.

- Eu não vou te perguntar mais uma vez. Se você não aparecer amanhã na psicóloga, de tarde você vai ter uma surpresa e não adianta me ligar chorando. - A ligação foi encerrada pela mesma.

Jogo meu celular do outro lado da cama e fecho meus olhos. Eu voltei daquela entrevista um pouco mais tranquila porém queria um tempo para pensar, os meninos de Tokio Hotel teria um show agora a pouco então resolvi ficar em casa para por meus pensamentos em ordem.

Levanto da cama e vou direto a sacada, pego de meu bolso um cigarro Black e o acendo, não era como uma maconha que me tirava da realidade e me levava a mundo melhor, sem tragédias e sem a vida adulta mas era o que eu tinha para agora.

A fumaça saindo de minha boca e aquela brisa revigorante da Alemanha era um clima ótimo para por meus pensamentos em ordem.

Acredito que o impulso de Tom de falar sobre a gente na entrevista foi culpa minha, eu não deveria agir daquela forma naquele restaurante.
Eu gosto muito do que a gente tem, no sigilo e ao mesmo tempo amostra fica tudo mais gostoso. Nesse tempo eu nem mais ligava da ameaça que tinha sofrido.

Tudo aconteceu muito rápido, ficamos, transamos e agora estou aqui na Alemanha lhe acompanhando, acho que tá tudo acelerado e dessa forma nada da certo!

É... eu acho que eu tinha uma resposta!

Sento em uma cadeira da sacada e continuo a fumar, o silêncio permanecia naquela ambiente.
Depois de algumas horas passadas ouço passos pesados se aproximando e em seguida o barulho da porta se abrindo.

O silêncio foi totalmente cortado com a falação dos garotos e de Megan, Jogo meu cigarro de escanteio e cruzo meus braços sentindo um pesado em meu corpo, como seu meu estômago estivesse sendo amassado.

- Achei que tinha fugido. - Ouço a voz de Tom se aproximando a cada palavra.

- Eu estava aqui o tempo todo. - Lhe encaro e sorrio de canto vendo-o sentar ao meu lado.

- Você está melhor? - Sua mão direita começou acariciar minha cintura.

- Sem sombra de dúvidas - Passo meu polegar no canto de sua boca e o encaro fixamente. - Eu precisava desse tempo para pensar.

- E no que essa sua cabecinha decidiu? - Tom subia sua mão até meu pescoço e se aproximava nossos rostos.

- Não é que eu esteja com medo - Nossos olhos se cruzaram e sinto um nó em meu estômago. - Eu só gostava do que a gente tinha antes. Eu acho que não vou aguentar a pressão de assumir um relacionamento por agora.

O olhar de Tom logo se desvia e vejo os mesmos lacrimejando.

- Tem certeza disso? - Tom diz balançando leve sua cabeça inconformado.

- Sim. - Afirmo com a cabeça e continuo a acariciar seu rosto. - Não me entenda mal, Tom eu te amo.

- Se me amasse não me deixaria ir. - Tom tira minha mão de seu rosto e se distancia.

- Tom você nem conversou comigo, se eu estava apta a isso. - Umedeço minha boca e começo a arrancar as peles mortas de meus lábios.

- Eu queria te fazer uma surpresa, obviamente não era essa. - Tom cruza seus braços e sua expressão facial muda completamente. - Eu estava escrevendo uma música e estava querendo te pedir em namoro com ela.

- Me desculpa. - Estava esforçando muito para não chorar, Tom já não me olhava como antigamente, sua expressão era de raiva e aquele olhar triste já não existia mais.

I Hate You | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora