capítulo 15: apenas agindo

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Alan

O que estava acontecendo?

O que Louisa estava fazendo ali?

Eu estava confuso pra caramba.

— Lou?! — eu disse com a voz espantada, sendo alvo do seu olhar surpreso.

— Alan? Eu... eu não tô entendendo. — balbuciou, confusa.

Eu verifiquei que estava de pijama e calçava pantufas. Ela não iria sair assim na rua, certo? Então isso apontava para outra coisa. Louisa morava naquele prédio. Se isso fosse verdade, seria uma surpresa chocante.

— Aleta me disse que tinha alguém reclamando do barulho. Era você?

— Oh, sim. Eu mesma. — disse sem jeito. — Eu estava bem incomodada com o barulho. Não imaginei que você estivesse nessa festa. Como? Foi convidado?

— Na verdade, eu moro aqui. — revelei, recebendo seu olhar pasmo.

— Mora? Mas...

— O apartamento estava em reforma. Eu o aluguei há pouco tempo. Eu não imaginava que te encontraria por aqui. Você é moradora desse prédio?

— Sim, eu sou. Moro ali. — apontou a porta do outro lado do corredor.

Eu a encarei surpresa.

Porra! Louisa morava no apartamento da frente.

Tão perto de mim.

Como não me dei conta antes?

O prédio ficava próximo à loja em que ela trabalhava. Se eu tivesse trazido Louisa para casa no dia em que ela foi atacada por aquele maluco, teria descoberto antecipadamente. Mas ali estava a surpresa se desenrolando bem diante dos meus olhos.

Que puta coincidência!

— Nossa! Isso é surpreendente pra caralho! — eu disse, vendo que ela corou com meu xingamento.

— Já que você é o dono, pode, por favor, abaixar um pouco mais o volume? — pediu; os olhos suplicantes. — Está tarde. Eu preciso dormir e creio que os demais moradores desse prédio também.

Se fosse qualquer outra pessoa, eu poderia ignorar. Mas era Louisa quem estava pedido aquilo. Eu não poderia simplesmente não dá atenção.

Enquanto a observava, esbocei um sorriso discreto. Eu estava feliz pelo fato de que Louisa era minha vizinha. Porra, eu estava adorando aquilo!

— Por favor. — me encarou com seus olhos suplicantes.

— Tudo bem. Vou abaixar. Fica tranquila.

Ela sorriu. — Obrigada.

De repente, Lou ficou sem jeito e eu apenas a encarei. Mesmo com o pijama folgado, ela era linda. Seu olhar tímido só tornava tudo ainda mais fascinante. E caramba, eu estava parecendo um maluco apaixonado enquanto olhava para ela.

Pigarreei.

— Bom... eu vou lá dentro diminuir o volume. — assegurei.

— Obrigada. E vou indo então. Boa madrugada.

Antes que pudesse pensar, fiz algo inacreditável até para mim mesmo.

Eu não esperei Louisa ir embora...

Eu simplesmente peguei seu pulso e a puxei para dentro do meu apartamento.

Lá dentro, fechei a porta.

— Alan? O quê...?! — Louisa estava espantada enquanto eu a puxava comigo. — O que está fazendo?

Passamos pelas pessoas que dançavam e bebiam naquela semiescuridão e só parei quando entrei em meu quarto. Após fechar a porta, soltei Louisa.

Beijos RoubadosOnde histórias criam vida. Descubra agora