capítulo 18: mentiras

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Olá, queridos leitores.

Com base nos comentários do capítulo anterior, eu trouxe a maratona que prometi.

Boa Leitura!!



🤍


Eu estava feliz.

E certa atitude se tornou frequente.

Alan me dava carona sempre que eu saía da escola. Eu encerrava minhas atividades e o flagrava do outro lado da rua, esperando-me em seu carro.

É claro que aquilo atraiu grande atenção dos alunos daquela escola. Alguns me olhavam estranho... outros apenas pareciam ter inveja ou curiosidade.

Eu não me importei e agradeci por Emi e as outras garotas não me deixarem desconfortáveis sobre isso.

— Ele é lindo e aparentemente rico. Nesse caso, você é muito sortuda. — Evelyn comentou no almoço.

— Na verdade, ele também é sortudo. Louisa é uma pessoa incrível. — Emi corrigiu e agradeci pelas palavras amigáveis.

Eu também era sortuda. E eu me referia ao caráter gentil de Alan. Ele se tornou especial para mim. Muito. Ele não era um babaca, mas simplesmente alguém gentil que tinha ganhado minha confiança.

Eu sorria só de pensar nele. E me sentia uma nova Louisa.

Mamãe percebeu.

— Você parece tão feliz. — disse, olhando-me durante o jantar.

— Oh, mesmo?

— É evidente.

Apenas sorri, pensando que ela estava certa.

Alan me dava carona e me acompanhava na volta e ida à loja sempre que podia. Era muito atencioso e eu apreciava isso.

Certo dia, ele decidiu me buscar outra vez na escola.

Estava estacionado na parte de fora e segui para ele assim que o reconheci.

Entrei no carro, animada, e Alan se inclinou para que pudesse me beijar.

Foi um gesto breve, mas aqueceu-me por dentro.

Eu não tinha notado antes e só percebi algo estranho quando meus olhos se voltaram para sua roupa.

Era um uniforme escolar.

Um uniforme que eu conhecia bem após ter feito uma pesquisa extensa sobre minha escola dos sonhos.

— Você estuda na APS? – eu estava pasma.

Alan apenas me encarou. Ele tinha um semblante tenso.

— Hm, sim

— Mesmo? Nossa! É meu sonho estudar lá, mas nunca passei nas provas. — suspirei decepcionada. — Irei tentar outra vez nos próximos meses. Espero ter sorte. Como conseguiu entrar? Seus pais pagam as mensalidades? São bem caras, né?

Sim, devia ser isso. Alan tinha um carro incrível. Ele não me parecia ser um garoto de baixa condição social.

— Eu... — suspirou. — Na verdade, sou bolsista.

Eu o encarei com espanto. Não imaginei isso.

— Bolsista? Não imaginei. Você parece... — encarei o carro.

— Ser rico? — assenti. — Bom, eu não sou. Minha família tem alguma condição social, mas... não sou rico. Digamos que sou da classe média. Consegui a bolsa naquela escola após muito estudo. Meu pai não teria como pagar.

Beijos RoubadosOnde histórias criam vida. Descubra agora