epílogo

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Louisa

Nossa...

Como o tempo passava rápido!

As duas meninas estavam animadas no carro enquanto discutiam sobre um joguinho de celular e eu suspirei, encarando o homem ao meu lado.

Alan sorriu enquanto estava no volante e sorri de volta.

Recostei-me contra o banco do carro enquanto meu marido dirigia até a escola.

Aquele era o primeiro dia de aula de Everly no ensino elementar. E estudaria na mesma escola de Ellie. Ela estava tão animada para isso e Ellie a apoiava em cada momento de sua nova conquista.

Eram muito unidas e eu apreciava isso.

E estavam lindas em seus uniformes escolares. Enquanto Ellie tinha quase dez anos de idade, Everly tinha seis anos naquele momento. Duas crianças amorosas e felizes. E eu as amava muito, assim como o pai delas.

— Chegamos! — Alan comentou quando estacionou em frente ao prédio.

As meninas vibraram no banco de trás.

— Ansiosas? — questionei com um sorriso, olhando para trás.

— Sim, mamãe!

— Sim! — Ellie exclamou também.

Ampliei meu sorriso e vi quando Alan desceu do carro. Desci também, acompanhando-o depois que as meninas saíram do veículo.

Nós quatro estávamos de mãos dadas enquanto caminhávamos até a entrada da escola.

No momento que as meninas passaram pelo portão e acenaram animadamente, meus olhos se encheram de lágrimas. Eu ainda as vi se afastando de mãos dadas e animadas enquanto sorriam para a professora que as acompanhava.

Alan me abraçou e voltamos para o carro.

— Estou tão emocionada. Elas parecem tão felizes.

— Sim. Primeiro dia de aula é sempre marcante. — disse, acariciando meu rosto assim que estávamos no veículo. — E você é sempre tão emotiva. — sorriu, mas também estava emocionado.

Ele olhou para a escola mais uma vez antes de olhar para mim.

Fiz um biquinho e Alan sorriu.

— Estou emotiva por conta da gravidez. — eu disse e ele continuava sorrindo. Sua mão desceu até meu estômago inchado.

— Você sempre foi emotiva, Lou. E não apenas na gravidez. — disse divertido e assenti, dando o braço a torcer.

— Você tem razão. — eu disse.

Ele se inclinou para que pudesse beijar minha barriga saliente.

Eu estava grávida de oito meses. Em breve nosso Ayden estaria conosco.

— E esse garotão? Não vejo a hora de conhecê-lo. — confessou, entusiasmado.

— Também não vejo a hora. Em breve ele estará conosco. — eu disse, sentindo os chutes no momento que Alan acariciou a barriga novamente. Ele sorriu encantado.

— Sim. E cuidará muito bem de suas irmãzinhas.

— Sim. E imagino que elas também o protegerão. Assim como protegem o Brigadeiro.

Alan sorriu, pensando no filho de Fofinho. Ele engravidou uma gatinha no bairro de mamãe um tempo atrás e ela teve filhotes. Os bichinhos foram doados para pessoas próximas e ficamos com o Brigadeiro. Ele era um fofo e tinha a cor do pai. As meninas o adoravam.

— Verdade. — ele concordou, divertido.

Acariciei o cabelo de Alan, sentindo-o beijar minha pele coberta pelo vestido azul.

Ele era um excelente pai. Um pai e marido incrível, na verdade. E era protetor. Eu amava isso nele. Amava sua dedicação; seu coração bondoso. Isso não mudou com o passar dos anos. Alan só melhorava a cada dia. É claro que tinha seus defeitos, mas eu também tinha os meus e isso fazia parte da vida a dois. De qualquer forma, a imaturidade já não tinha espaço entre nós. Resolvíamos as coisas com diálogo; da maneira calma e tudo dava certo no final.

Amava seu coração gigante também. Alan era uma pessoa maravilhosa. Quando descobriu a doença da mãe após uma aproximação repentina, imaginei que não fosse mais querer vê-la, mas Alan me surpreendeu. Ele procurou a mulher e pagou o tratamento dela. Mesmo não tendo se aproximado muito, deu esse grande apoio mesmo depois de tudo o que ela fez. Cynthia não cuidou do filho quando ele mais precisou, mas ele esteve com ela em seu pior momento. E no leito de morte, ela pediu novamente perdão por tudo que causou a ele e a irmã; por tudo que causou ao William também. Pediu perdão pelo abandono e ele aceitou o pedido. Foi uma cena comovente. E isso me fez amá-lo ainda mais; amar seu coração enorme e gentil.

Mesmo com o abandono, ele não foi capaz de desprezar Cynthia. Ele a ajudou até o fim, custeando o tratamento caro. Ela não sobreviveu mesmo assim, mas acho que entendeu finalmente o valor do filho; entendeu o quanto Alan era uma pessoa maravilhosa e provavelmente se arrependeu de ter perdido a chance de conviver com ele e com Eleanor.

E assim a vida prosseguiu. Alan se mostrava um homem melhor a cada dia e eu amava cada detalhe dele. Amava me dedicar à maternidade, amava me dedicar ao meu marido. E amava vê-lo tocar sua bateria quando estava com a banda. Ele arrasava na FAL e isso me deixava orgulhosa. Suas filhas também sentiam orgulho do papai incrível e talentoso que tinham.

Eu o amava e ele me amava. E amávamos nossas crianças.

— Você é tão especial. Eu te amo. — eu disse; a emoção embargando minhas palavras.

Alan se recostou contra o banco, os olhos presos em mim.

Ele pegou a minha mão e a levou até seus lábios, beijando minha pele.

— Também te amo. — disse, sorrindo contra a pele; os olhos brilhavam. — Minha Louisa.

Sorri, não conseguindo controlar as lágrimas.

Alan me encarava como se eu fosse o seu mundo inteiro.

E então...

Ele se inclinou e me roubou um beijo delicado e amoroso.

E eu apreciei aquele momento, afinal estava nos braços do homem mais incrível que já conheci depois do meu pai.

Meu marido.

Meu amor.






FIM!!!






🤍🤍🤍









Olá, pessoal.

Gostaram? 🥺

Obrigada a todos que acompanharam BR'S até aqui. Tenho um carinho imenso por vocês e amei escrever sobre Alan e Louisa; outro casal do meu coração.

Espero que tenham curtido esse livro.

Eu amei escrevê-lo. Foi fascinante desenvolver mais uma história aqui na plataforma e essa ficará marcada em meus pensamentos, assim como todas as minhas outras obras.

Obrigada.

Amo vocês😍.

Até breve...
















Beijos RoubadosOnde histórias criam vida. Descubra agora