Louisa
Na sexta, desci do ônibus escolar após a escola e caminhei em direção ao conjunto de prédios mais a frente.
Avistei o apartamento onde morava e sorri, seguindo para lá.
Parei de sorrir ao ouvir ruídos conhecidos.
Virei meu rosto para um beco a minha direita.
Reconhecendo aquele som, eu me aproximei do barulho, percebendo um movimento suspeito perto de algumas caixas de papelão e latas de lixo.
O ambiente estava sujo, mas não pude deixar de notar a pequena criatura abandonada ali.
O gatinho preto parecia assustado enquanto se encontrava sozinho.
Lamentei, aproximando-me.
— Olá. — eu me agachei, de maneira que pudesse acariciar o filhote. — O que está fazendo aqui sozinho? Quem te deixou aqui?
Ele parou de miar e deixou que eu fizesse carinho nele.
— Você é tão fofo. Como puderam te deixar sozinho aqui? Que maldade!
Não era um gato da raça mais requerida, então isso poderia explicar seu abandono. Eu lamentava isso. Todo animal merecia carinho e um lar, independente da sua raça/cor. Era uma pena ver aquele filhote abandonado ali, aparentemente assustado.
O gatinho ficou empolgado com o meu carinho e movimentou sua cabeça contra minha mão, arrancando-me um sorriso.
Eu o peguei e me ergui, saindo dali com o pequeno animal.
Com ele nos braços, eu me aproximei do apartamento. O porteiro era muito gentil, e a entrada de animais era permitida no apartamento, desde que o dono se responsabilizasse e tivesse alguns cuidados, referentes à higiene e segurança. Eu solicitei uma tela de proteção para que o gatinho ficasse bem.
Como o elevador estava em manutenção, subi o lance de escadas.
— Esse é seu lar, Fofinho. — apontei a porta e logo entrei no imóvel.
Eu só esperava que mamãe não surtasse.
— Louisa, o que é isso? — a mulher de cabelos loiros me encarou com espanto quando adentrei o apartamento com o filhote.
— Eu o encontrei no beco aqui perto, mamãe. Parecia solitário e faminto. Foi abandonado. — eu disse, tentando convencê-la a aceitar o animalzinho ali.
Ergui o filhote e fiz uma cara de lamento, tentando comovê-la.
Depois de algum tempo ela desmanchou sua carranca em um sorriso.
— Oh, Louisa. Você vai conseguir cuidar dele?
— Vamos conseguir. — eu disse e ela sorriu, balançando a cabeça. — Por favor, mãe. Pensa pelo lado bom, você terá uma companhia quando eu estiver fora. Você vai gostar do Fofinho.
— Você não tem jeito, menina. — ela disse divertida. Sorri, encolhendo os ombros. — Vou deixá-lo ficar.
Ampliei meu sorriso e mamãe acariciou o filhote quando o coloquei no chão.
— Muito obrigada, mãe. Eu te amo. — suspirei aliviada. — Já que o gato irá ficar aqui, irei ao Pet Shop comprar algumas coisas para ele, tipo ração e uma cama.
— Ok. Providencie também uma caixinha com terra para ele. Já é bom ele ir se acostumando.
— Sim, boa ideia.
Deixei Fofinho com minha mãe enquanto ia ao meu quarto pegar algum dinheiro.
Logo depois, reapareci.
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Beijos Roubados
RomanceFilho de alguém rico e influente de Illinois, Alan Gustafson não se encaixava na imagem de garoto certinho e não fazia muito esforço para mudar isso, mesmo que ainda se importasse com o julgamento do seu pai exigente. Quando ele conheceu a humilde L...