capítulo 57: emoções expostas

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Louisa

No carro, enxuguei minhas lágrimas enquanto estava com Ellie no colo no banco de trás. Eu estava completamente abalada depois de reencontrar o Alan; Depois de vê-lo bem na minha frente, como se ele tivesse saído diretamente de um sonho.

Céus! Eu sentia minha cabeça rodar com tantos acontecimentos. Sentia-me em alguma realidade paralela, mas sabia que aquilo era real.

Muito real.

O destino permitiu esse reencontro emocionante.

Alan estava calado enquanto dirigia. Mesmo assim eu percebia o quanto estava tenso.

Ainda no hospital, ele estava emocionado e não parava de olhar para Ellie e para mim. Ele praticamente implorou para que pudesse nos levar em casa e que precisávamos conversar.

Completamente abalada, eu aceitei e logo estava dentro do seu carro. Com minha filha sonolenta no colo, eu observava a estrada e meus olhos pousavam várias vezes em Alan.

Não dissemos qualquer palavra relevante no caminho. Apenas abri minha boca para informar o endereço.

— Não precisa dizer. Eu sei onde você mora.

Eu me surpreendi.

— Como?

— O investigador que contratei pra descobrir seu paradeiro acabou de me enviar a localização exata. — disse simplesmente.

Ele esteve me procurando? Céus! Eu não poderia imaginar algo assim.

Tentando não pensar muito, suspirei e então seguimos para a minha casa.

Como mamãe estava no salão, ela não veria Alan. Não ainda, mas com certeza ficaria estarrecida com a novidade.

Alan estacionou o carro em frente à casa simples.

Mexi na porta do carro e imediatamente desci com Ellie nos braços.

Sentindo Alan atrás de mim, apressei-me em abrir a porta. Minha mão estava trêmula.

— Me dê ela aqui. — Alan me surpreendeu ao estender os braços. — Por favor.

Ellie estava adormecida e então não hesitei.

Sentindo-me abalada, coloquei a criança nos braços de Alan... seu pai.

Sem mostrar resistência, ela deitou a cabecinha no ombro dele e aquilo pareceu mexer muito com Alan.

Ainda nervosa, abri a porta e entrei na casa simples.

Alan estava atrás de mim com Ellie nos braços.

— Ela é minha, né? — questionou quando fechei a porta.

Com os olhos cheios de lágrimas e o coração acelerado, assenti.

— Sim, é nossa. — murmurei com a voz embargada.

Alan me encarava com um olhar cheio de emoção e aquilo me abalou profundamente. Fui bombardeada por um forte sentimento, sobretudo quando ele encostou o nariz nos cabelos de Ellie, inalando o cheiro delicado.

Sentindo minhas próprias lágrimas, eu vi quando ele começou a chorar.

Aquilo me chocou e emocionou ao mesmo tempo.

Ele estava se controlando muito para não acordar a neném, mas as lágrimas não paravam de cair.

Ele abraçava nossa princesa e eu só consegui chorar baixinho enquanto assistia aquela cena.

— Alan...

— Precisamos esclarecer as coisas, Louisa. — disse com a voz embargada, segundos depois.

Beijos RoubadosOnde histórias criam vida. Descubra agora