Antes de ir para a escola, encontrei meu pai na sala de jantar.
Sentindo seu olhar em mim, eu tomei meu café rapidamente.
Só queria ir para a escola logo.
— Acho que Donna e Eleanor descerão em breve. — papai comentou, encarando Gwen.
— Sim. Elas tiveram uma noite proveitosa recheada de filmes, e com certeza ainda estão dormindo. — a loira disse com um sorriso. Gwen voltou seus olhos castanhos para mim. — Como passou a noite, querido?
— Tudo tranquilo. — encolhi os ombros.
— Fico feliz em saber disso. Também dormi bem, mesmo que seu pai roncasse como um motor velho ao meu lado. — zombou, fazendo-me sorrir um pouco.
Minha madrasta não era uma pessoa ruim. Ela tinha senso de humor e um espírito jovial. Às vezes me pegava pensando em como ela pôde se interessar por um cara rabugento como meu pai, considerando que era uma mulher alegre e independente. Gwen até era envolvida com seu próprio negócio referente à culinária. De toda forma, ela parecia gostar dele e se saia bem como madrasta.
Eleanor a adorava e eu gostava dela também. Não tinha nada contra. Inicialmente eu esperei uma megera, mas Gwen me surpreendeu de maneira positiva.
— Não me constranja, Gwen. — papai repreendeu, mas tinha um sorriso.
E ali estava o fator inusitado. A mulher fazia meu pai sorrir algumas vezes. Não era uma imagem desagradável, mesmo que fosse um pouco estranha.
— Oh, não fique chateado. — ela bufou, sorrindo e bebericando seu suco.
De olho na minha panqueca, senti mais uma vez o olhar do meu pai e ergui o rosto.
— Imagino que teve uma ótima noite, filho. Depois de... — sorriu. — Dormir com sua namorada.
Ãh?
Gwen nos encarava com espanto e quase engasguei com o café da manhã.
Namorada?!
— Do que você está falando?
— As empregadas estavam comentando mais cedo sobre a aparição de Donna no seu quarto. — papai revelou e prendi um xingamento.
Sim, a fofoca tinha mesmo se espalhado.
Eu imaginei que isso aconteceria.
— Estavam? Por qual motivo explanaram essa mentira?
— Não sei. Apenas sei que Donna foi flagrada saindo do seu quarto horas atrás. O que me diz?
Merda!
Decidi dizer a verdade.
— Eu não tenho nada com Donna e nunca tive. — afirmei, vendo o sorriso empolgado de papai desaparecer. — Aquela garota simplesmente enlouqueceu e decidiu deitar na minha cama enquanto eu ainda estava apagado. Eu acordei com ela lá e imediatamente a mandei sair. Não gosto que invadam minha privacidade. O problema foi que uma das empregas viu Donna saindo do meu quarto.
— Sério? Você e Donna não tiveram nada? Espera mesmo que eu acredite nisso? – estreitou os olhos. — Eu te conheço, Alan. Você não dispensaria uma garota bonita como Donna. Não com seu histórico de mulherengo.
Com um suspiro frustrado, eu me ergui.
— Você acredita no que quiser. — eu disse. — Perdi a fome. Vou pra escola. — cerrei a mandíbula.
— Alan...
— Até mais tarde. — eu disse, dando as costas e saindo.
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Beijos Roubados
RomansaFilho de alguém rico e influente de Illinois, Alan Gustafson não se encaixava na imagem de garoto certinho e não fazia muito esforço para mudar isso, mesmo que ainda se importasse com o julgamento do seu pai exigente. Quando ele conheceu a humilde L...