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Aidan Gallagher

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Aidan Gallagher

          Os funcionários já haviam ido embora, e o silêncio na empresa era a única coisa que me lembrava de que o dia finalmente estava chegando ao fim. Eu estava até mais tarde aqui, decidido a adiantar meu projeto, sabendo que tinha um longo caminho pela frente. Minhas folhas estavam espalhadas sobre a mesa, e me encostei na cadeira, deixando escapar um suspiro exausto. O dia fora agitado demais, e eu precisava tirar uma dúvida com meu tio. Levantei-me e fui até a sala dele, ele sempre ficava até mais tarde trabalhando.

             — Não sabia que ainda estava na empresa, filho — ele disse, sem tirar os olhos do computador. Me sentei diante dele e respirei fundo. — O que achou da sua noiva?

            — Chama ela pelo nome, tá?! A palavra "noiva" ainda me assusta — respondi, tentando esconder o desconforto, mas minha voz traiu meu sarcasmo. Ele riu, mas não parecia se importar.

            — Tenho uma pergunta para te fazer — disse antes de ele reagir.

            — Pode fazer.

           — Por que o dinheiro? O pai dela nos roubou, e o senhor vai dar mais dinheiro para ele? Qual é o sentido disso?

Ele se encostou na cadeira e piscou algumas vezes, pensativo, mas sem pressa de responder.

          — Achei que era uma única pergunta, Aidan — respondeu finalmente, com um sorriso sutil. — Não é para ele o dinheiro. Deixei ordens para Ana garantir que esse dinheiro seja só da Eleanor. É um presente meu.

           — Conta outra. Sei que não é só isso. — Tentei não demonstrar a frustração, mas não consegui disfarçar.

Ele me encarou com um olhar mais sério, mas sem pressa de dar mais explicações.

         — Não importa, Aidan. A Eleanor talvez mereça isso por casar com alguém como você.

Levantei-me abruptamente.

          — Sou um ótimo partido para se casar, senhor Tom Gallagher, fique sabendo — falei com ironia, mas logo fui interrompido por ele.

             — Eleanor não tem nada a ver com o Ren. Ela não sabia do roubo. Então, seja gentil com ela.

             — Pode deixar — respondi, já indo para a porta.

"Seja gentil?" Eu sou gentil com todo mundo... e serei ainda mais com minha noiva.
           Quando cheguei em casa, tomei um banho rápido e me joguei na cama. O sono estava desregulado, e já era tarde da noite. Antes de me deixar cair no sono, dei uma olhada no celular e percebi que ainda não tinha salvo o número da Eleanor.

            — Porra, o número da Eleanor! — Olhei na minha mão e, por sorte, ele não tinha saído durante o banho.

Agora sim, posso dormir tranquilo.

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