Ellie Mccormack

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Ellie Mccormack

            — Ariel, eu já te expliquei por que voltei atrás. — Suspirei, cansada. — Não tive coragem de dizer não ao Aidan.

              Estava sentada na cama, com o celular pressionado contra a orelha enquanto conversava com minha melhor amiga. Ariel não estava nada satisfeita com minha decisão de seguir com o casamento. Ela esperava que eu batesse o pé, que fugisse dessa confusão e retomasse o controle da minha vida. Mas como explicar que, às vezes, o controle escapa pelas mãos, mesmo quando tentamos segurá-lo com força?

            — Amiga, você tem certeza? — A voz dela saiu carregada de preocupação. — Você não está feliz com essa situação. O que te fez mudar de ideia, realmente? — Ouvi o som da respiração dela pelo telefone. — É o Aidan, né?

Fechei os olhos, como se isso pudesse afastar a verdade.

            — Ari... — Uma batida suave na porta me fez virar o rosto. Aidan estava parado ali, com as mãos nos bolsos da calça de moletom e o cabelo bagunçado, como se tivesse acabado de passar as mãos pelos fios várias vezes. — Depois eu te ligo, beijo.

            Desliguei antes que Ariel pudesse insistir mais. Aidan entrou no quarto sem cerimônias, e eu me perguntei, pela milésima vez, como tínhamos chegado nesse ponto. Era como viver em um limbo entre o real e o absurdo.

              — Meu pai às vezes é mais chato que o normal. — Ele se jogou na cama, afundando levemente o colchão. — Então tenta não ligar se ele for um mané.

Dei um sorriso discreto e me sentei na beirada da cama.

             — Eu vou colocar um colchão no chão pra mim e você dorme na cama, tá bom?

              — Não tem problema. — Cruzei os braços. — Deixa que eu durmo no colchão. Afinal, a cama é sua.

Ele riu, balançando a cabeça.

              — Sabe o que meu tio faria comigo se soubesse que deixei você dormir no chão? — Neguei com a cabeça. — Ele me xingaria até perder a voz. Pode dormir na cama, Ellie. Sem discussão.

Que cara teimoso.

                 — Escuta... — Respirei fundo, tentando conter o cansaço. — Sua cama é grande. A gente pode simplesmente dividir. Assim ninguém precisa dormir no chão.

Os olhos dele brilharam com um toque de surpresa.

              — Tem certeza?

              — Sim.

Aidan não discutiu. Já estava de pijama, então apenas ajeitou o travesseiro e se acomodou no lado direito da cama.
              Me levantei, peguei meu pijama e fui até o banheiro. Enquanto escovava os dentes, encarei meu reflexo no espelho. Meus olhos pareciam mais cansados do que o normal, como se o peso das decisões estivesse se acumulando em cada fibra do meu corpo.

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