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Ellie Mccormack

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Ellie Mccormack

              O frio percorreu minha espinha assim que a porta do apartamento de Ariel se abriu. Mas não foi ela quem atendeu. Foi um homem.

              — Posso ajudar? — Ele coçou a nuca, visivelmente desconfortável. Estava sem camisa, exibindo um físico definido e tatuagens discretas nos braços. — Desculpa te atender assim, é que…

                — Não preciso saber dos detalhes — interrompi, já dando um passo para trás. — Eu volto outra hora.

Droga!

                 — Ariel tá no banho. Se quiser, pode esperar por ela.

Antes que eu pudesse decidir se entrava ou não, a voz de Ariel ecoou pelo corredor.

                 — Kenny, com quem você tá…? — Ela surgiu logo atrás dele, enrolada em uma toalha, com o cabelo pingando. Os olhos se arregalaram ao me ver. — Eleanor? Não sabia que você viria.

Senti-me ainda mais deslocada.

              — Na verdade, eu não planejava vir. Só decidi de última hora, mas… volto outra hora.

O olhar de Ariel foi direto para Kenny, como se pedisse paciência.

             — Esse é o Kenny — disse, forçando um sorriso. — Kenny, essa é a Eleanor, minha melhor amiga. Lembra que eu falei como ela parece com sua irmã?

Ele me analisou por um instante, sem disfarçar a curiosidade.

              — Lembra mesmo. É até estranho. — Respirei fundo, tentando ignorar a situação desconfortável. — Vou deixar vocês. Foi um prazer, Eleanor.

             — O prazer é todo meu — respondi a ele, antes dele desaparecer pelo corredor. Assim que ele sumiu, voltei meus olhos para Ariel, que tinha um sorriso travesso nos lábios. — Então é ele?

Ela revirou os olhos, mas o rubor nas bochechas entregava o que as palavras não precisavam dizer. Sentamo-nos no sofá enquanto Kenny seguia para o quarto, e, pelo brilho nos olhos de Ariel, eu já sabia que ela estava completamente envolvida.

            — Sim — disse, suspirando como uma adolescente apaixonada. — Ele é lindo, educado, cavalheiro… tudo de bom.

Ri com o exagero e encostei no encosto do sofá.

               — Por que não avisou que viria? — continuou ela, ainda sorrindo. — Eu teria pedido para o Kenny ir embora mais cedo.

Passei as mãos nos cabelos, cansada.
 
             — Sua casa nem era o meu destino. Só… pensei em conversar com você.

O sorriso de Ariel sumiu no mesmo instante. Ela segurou minha mão, preocupada.

             — Foi seu pai? — Balancei a cabeça em negação. — Aidan? Se ele te fez mal, eu juro que…

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