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Ellie Mccormack

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Ellie Mccormack

            Assenti, sem forças para discutir. No final das contas, não havia muito o que dizer. Não deveria ser bom estar na cadeia, e, por mais que meu pai tivesse errado, eu não desejava esse destino para ele.

             — Para nós, é um casamento falso — a voz de Ana soou firme, puxando minha atenção. — Mas para os acionistas e para o seu pai, Aidan, é algo real.

Aidan soltou um suspiro pesado.

          — Então teremos que fingir que somos um casal de verdade?

           — Exatamente — Ana confirmou, cruzando os braços. — Isso significa tudo que um casamento exige: anel de noivado, jantar de noivado, vestido branco… essas coisas.

          — Os acionistas sabem sobre meu visto? — Aidan perguntou, já prevendo a resposta. Tom assentiu. — Porra… Então como vai ser?

         — Filho, eu sugiro que vocês morem juntos — começou Tom.

Aquilo foi o suficiente para eu me manifestar, esquecendo qualquer tentativa de parecer calma.

        — Nem pensar! — Minha voz cortou o ambiente, chamando a atenção de todos. — Não vou morar com Aidan. Isso diz respeito à minha privacidade, e não tem discussão.

Aidan me olhou de canto, um sorriso de canto nos lábios.

           — Você sabe que, se quisermos, você vai morar comigo, né?

O encarei com seriedade, contendo o impulso de revirar os olhos.

         — Eu entendo que me casar é praticamente minha única opção, mas… — respirei fundo, escolhendo bem as palavras — por favor, entendam que isso já é desconfortável o suficiente para mim.

           — Minha casa não é tão... — Aidan começou, mas Tom o interrompeu.

           — Está tudo bem, Eleanor — sua voz soou mais conciliadora. — Não queremos que você se sinta pressionada a morar com alguém contra sua vontade.

Pelo menos isso. Morar com Aidan seria insuportável.

          — E quando será esse jantar? — ele perguntou.

           — Hoje é terça, então no sábado — respondeu Ana. — E Aidan, arranje um anel bem bonito. — Ela então voltou seu olhar para mim e sorriu. — Eu vou te ajudar em tudo, Eleanor. Pode contar comigo.

          — Obrigada, Ana. Mas eu dispenso a parte do anel.

          — Se não quiser, pode devolver depois — disse ela, ainda sorrindo. — Mas ele vai ficar lindo no seu dedo, independente de qual seja.

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