Ellie Mccormack

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Ellie Mccormack

Três dias depois…

             Ainda não encontrei a aliança que Aidan me deu. Não sei o que aconteceu com ela, onde ela foi. Naquela noite, quando ele me encontrou chorando, eu estava tão imersa nas lembranças da conversa com meu pai que as lágrimas eram inevitáveis. Até agora, o que ele disse ainda dói e, por isso, sempre que tento não pensar nisso, elas voltam a cair. Eu sinto Aidan mais tranquilo, talvez por conta da nossa conversa, ou talvez por já ter se acostumado com o fato de o anel ter desaparecido. Jogo minha bolsa da faculdade na cama, espalhando os livros e anotações pela superfície. Deve estar aqui, em algum lugar. O anel, eu digo.

            — Que bagunça, hein? — A voz de Ari me surpreende. Ela não avisou que viria. — O que você tá fazendo, amiga?

             — Oi, Ari. — Vou até ela e a abraço. — Tô procurando a aliança de noivado, perdi e não faço ideia de onde ela está.

              — Será que caiu do seu dedo na faculdade?

              — Provavelmente. — Levo-a para o andar de baixo e vamos para a cozinha. — Quer bolo?

               — Eu aceito. — Ela dá uma risada enquanto pego os pedaços e nos sentamos à mesa. — E então, como vai a vida de noiva?

              — A mesma pressão de sempre. — Olho para ela enquanto ela saboreia o bolo. — A verdade é que nós estamos... próximos, bem próximos, na verdade.

             — Sério? E isso é bom ou ruim? Quero dizer, com tudo o que você passou e ainda passa, deve interferir, né? — Assinto com a cabeça, pensando nas palavras dela. — Como ele é com você, Eleanor?

             — Dos homens que foram empurrados para a minha vida, dos que eu fui obrigada a aceitar, Aidan é o cara legal que faltava. Ele é gentil, educado, me respeita, é carinhoso. Ele tem seus momentos de ser um idiota, mas isso é quase inexistente...

              — Ainda estão dormindo abraçados? — Assinto com um sorriso pequeno nos lábios. — Você tá gostando dele? Tá gostando de como ele te trata?

             — Sim, mas eu não quero acreditar nesse sentimento.

             — E por que não? O Aidan está sendo muito bom para você. Mesmo sendo um casamento falso, a relação de vocês evoluiu e saiu de acordo.

               — Ari, eu tô com medo... Eu tô sendo tratada com tanta gentileza que, em algum momento, vou começar a achar que isso é o máximo. Mas e se for o mínimo? Você entende? — Ela segura minha mão, e eu sinto a sinceridade em seu toque. — Eu tenho medo de me iludir, de achar que ele me trata assim porque é o que ele deve fazer. Só porque precisamos nos casar.

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