Aidan narrando
Dia seguinte...
Olho para Sn já incomodado com ela mechendo a perna freneticamente, o pai dela vem aqui hoje para eles conversarem, por isso a ansiedade dela. Meu pai já foi para empresa, o que foi bom porque posso falar umas coisas para Sn.
— Ei, relaxa essa perninha. — Digo segurando em seu joelho — Você tá com medo de não se entender com seu pai? É isso?
— Acho melhor marcar essa conversa para depois do casamento, faltam 3 dias mesmo.
— É por isso que você tem que se entender com seu pai, ele é um idiota, mas só quer o seu bem. — Ela ri.
— Meu bem? Você não sabe o que fala Aidan.
Não entendi sua ironia mesmo assim deixo quieto, pedi para que Marie tirasse o dia de folga para deixar eles a vontade, é melhor eles conversarem sem a interferência de alguém.
— Tem certeza que não quer comer alguma coisa? — Estamos a mesa para o café da manhã. — Posso preparar algo pra você.
— Não, obrigada. — Ela respira fundo — Acho que vou na Ari.
— Sn! Você tem que conversar com seu pai, tá? ! — Digo ríspido — Sabe quantas vezes eu quis ter a oportunidade de conversar com meu pai para poder nos entender? Você tem a oportunidade que não tive, mesmo que meu pai tenha parado de me mandar indireta toda hora seria muito mais fácil se tivéssemos conversado. Conversa com senhor Ren, não vai acontecer nada de grave e uma conversa não é um bicho de sete cabeças.
Ela apenas concorda.
— Você pode ficar aqui comigo? Por favor!
— Infelizmente eu não posso, é uma conversa de pai e filha.
Nos levantamos e fomos para a sala, me sentei no sofá e Sn subiu, quando desceu estava com uma caixa de presente.
— Seu aniversário é amanhã, mas vai ser corrido por conta do casamento e também você já viu. — Me entrega.
— O que é? — Finjo surpresa — Um relógio! Eu adorei, é lindo, vou usar todos os dias.
— Gostou mesmo? Se quiser posso trocar por outra coisa. — A abraço, deixo um beijo em seu pescoço.
— Eu amei, ainda mais vindo de você, muito muito obrigado, mesmo.
— Tem mais um. — Ela pega de dentro da caixa uma medalhinha — É uma medalhinha de proteção, Ariel me deu uma de presente no meu aniversário de 13 anos, quando ela me deu ela disse " Você é importante pra mim e não quero que nada de ruim aconteça com você" , bom isso vale pra você agora, você é importante pra mim e te desejo bem sempre, não sei se acredita, mas é de coração.
Seguro a medalhinha em minha mão, fecho e dou beijo.
— Acredito sim, foi muito bonito seu gesto. Vai estar sempre comigo essa medalhinha. — Seguro sua mão — Você também é muito importante pra mim.
Muito mesmo!
Sn narrando
Assim que Aidan saiu fiquei sozinha em casa, a real é que estou com medo, não irei mostrar que é isso que sinto em frente ao meu pai, mas eu me sentiria mais segura se Aidan aceitasse ter ficado aqui comigo.
Ouço a campainha.
Outra vez.
Mais uma vez.
Vai Sn, coragem!
Caminhão até a porta e assim que abro recebo um tapa em minha cara, com a força que foi acabei caindo no chão.
— Cansei de você cheia de mi mi mi Sn, cadê meu dinheiro?
Ele fecha a porta e sinto sua mão em meu cabelo me puxando para levantar, com sua outra mão em meu rosto me força o olhar .
— Tá me machucando, para !
— Cadê o meu dinheiro? Eu preciso da grana, tô devendo um dinheirão e sabe por que? Porque você mandou o Aidan me vigiar e aí tive que procurar outros jogos pra me divertir. — Ren puxa mais forte meu cabelo me dando outro tapa — Filha, é pelo meu bem, diz, diz para mim que vai tranferir o dinheiro! Fala vai.
— Eu doei o dinheiro. — Sinto lágrimas molharem meu rosto.
— Fez o que ? Você não é louca de ter feito isso! ME RESPONDE, CADE O DINHEIRO?
— Eu doei para uma instituição de crianças órfãs. — Tento me soltar, mas é em vão. — Para crianças que não tem pai, eu poderia ter sido uma delas sem você por perto.....
Ele me solta fazendo eu cair esbarrando na mesinha de centro indo direto para o chão.
— Não, você não fez isso! Não, não, não, o dinheiro era nosso!
— NÃO, NÃO ERA NOSSO, TOM ME DEU E MESMO NÃO QUERENDO EU NÃO IA PASSAR PRA VOCÊ. — Me levanto — Você é um idiota, um vagabundo, um ladrão, um velho desgraçado........ Deixou de ser um pai, agora vem me obrigar a te dar algum dinheiro........ Para com isso, para de ser assim, para de me usar e me obrigar a fazer coisas que eu não quero....
Digo chorando.
— Cala a porra da sua boca, cadê seu celular? Eu quero ver a transferência do dinheiro. — Assim que ele vê meu celular no sofá vai para pegá-lo, vou antes e pego — Me dá aqui! Eu estou mandando!
— Vai embora! Ou eu ligo pra polícia.
— Ligar pra polícia? Se tivesse essa coragem teria feito isso nos seus 11 anos. — Sinto mais lágrimas só que de raiva, me aproximo e lhe dou um tapa — Vem cá! Me encheu o saco, já !
Tento me livrar de seus braços o que foi impossível por ele ser mais forte, sinto outro tapa e sou jogada no sofá. Vejo agora meu pai colocar meu celular no bolso da calça e tirar seu cinto.
— Você vai aprender uma lição.
Meu único pensamento foi correr para a cozinha, tenho que tentar usar o telefone, tenho que tentar fazer alguma coisa. Tento ir até o telefone da sala mesmo, não deu.
— Volta aqui, é só uma lição.
Sou jogada no sofá novamente sentindo a primeira de muitas cintadas.
Faltam 3 dias para o maldito casamento.
______________________________
Contínua.....
VOCÊ ESTÁ LENDO
Alliances
FanfictionQue sorte a minha ter encontrado o grande amor da minha vida. Espero te fazer ainda mais feliz, realizar todos os nossos sonhos e constituir uma linda família......... Lindo texto para um casal verdeiro,aqui esse não é o caso! Fanfic Livre TrevodeQu...