Heart problems

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Emmett viu o relógio marcar como sete em ponto e desligou o despertador antes que ele produzisse a mínima sinfonia

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Emmett viu o relógio marcar como sete em ponto e desligou o despertador antes que ele produzisse a mínima sinfonia. Ele queria atrasar esse dia mais um pouco. Queria que Suzan continuasse em um sono tranquilo deitada em seu peito. Mas ele descobriu algo e para que não sobre para ele, Emmett tinha que falar. Ele odeia muito mesmo ser estraga prazeres, mas é ele ou Edward, e a escolha de tirar o seu da reta é mais do que óbvia.

Suzan parecia ter um sexto sentido sem igual, pois mesmo sem o despertador, ela logo rolou na cama começando a acordar. Emmett quis rir, tamanha era sua sorte. Leva mais ou menos uns dois minutos até que a ruiva fique consciente. Ele não fala nada, assim como de costume, deixa que Suzan se ajeite primeiro. Ela o cumprimenta e sai para tomar um banho quente, escovar os dentes e os cabelos. E ele espera, se senta na cama e apoia os cotovelos nos joelhos deixando as costas curvadas. Quando Suzan volta para o quarto enrolada em um roupão, a pose quase séria de Emmett chama sua atenção imediatamente.

Eles se encaram por um momento longo e aos poucos o desânimo toma conta do corpo dela.

Edward não está, Emmett o ouviu saindo logo cedo para preparar todo o equipamento. Ele se sentia meio mal por falar assim pelas costas do irmão, mas seria necessário.

— Diga-me, o que há agora?— Suzan pediu, sentando-se ao lado do namorado com cautela. Ela estava muito cheirosa, Emmett não resistiu em puxá-la para um abraço. Suzan retribui e fica cada vez mais desconfiada. O que você aprontou? Ela pensa.

— Tem um plano rolando, moranguinho, e eu tenho certeza que você não vai gostar.— ele resmunga com o rosto na curva do pescoço dela.

— Sério?

— Sério.

— E você vai me contar?— ela deu tapinhas no ombro dele para que Emmett desmanchasse o abraço. Ele o fez e pegou a mão dela com cuidado, entrelaçando-a com a sua.

— Eu estou me sentindo um tremendo traidor agora.— o vampiro fez careta. Suzan franziu a testa, confusa.

— Por que, querido?

— Usar querido é golpe baixo.— ele destacou, Suzan deixou um pequeno sorriso escapar.

— Nós usamos as armas disponíveis.— ela deu de ombros. Emmett baixou o olhar e passou a língua nos lábios. Ele sabia que estava largando uma bomba na casa Swan, mas, novamente, era ele ou eles.

[...]

— Você está louca se acha que eu vou te deixar ir!— vociferou a mais velha. Edward arregalou os olhos para Emmett que fez o mesmo em resposta. O telepata não estava necessariamente zangado, mas certamente preferia ter sido avisado com antecipação para não voltar para a residência Swan tão cedo.

Bella decidiu ir para perto da batalha. Emmett estava certo, Suzan não aprovava nem um pouco essa ideia.

— Isso é ridículo, Isabella, pare de agir como uma criança!— Suzan perdeu as estribeiras, estava no limite com sua irmã e ela parecia tão inclinada à impertinência que a mais velha cogitou seriamente bater nela.

Suzan detesta violência.

Charlie mal deixara sua casa e Suzan já havia invadido o quarto de Bella batendo a porta com força. Bastou olhar para Emmett por cima do ombro da humana para entender o que havia acontecido. Bella mal havia acordado e já estava desgostosa de ter sua irmã querendo salvar sua pele.

— Suzan, pelo amor de Deus, sai do meu pé!— Bella reclamou, levantando-se da cama após jogar as cobertas para o lado.

— Você não vai!— disse Suzan, ela estava muito fora de si. O problema é que quando fica com muita raiva, ela começa a querer chorar porque a irrita muito, profundamente a irmã ter ideias tão estúpidas sem nem pensar nas consequências.

— Eu estarei segura ao lado de Edward! Você não tem que se preocupar!— Isabella disse, cada vez mais ríspida.

— Que garantia você tem disso!? Ainda assim estarão perto demais de um bando de vampiros sedentos pelo seu sangue, garota! Nós vamos para a reserva com o papai como foi planejado.

Você vai para a reserva. Não é problema meu se você não sente necessidade, Suzan, mas eu não quero Edward nessa luta.

— Quem te ensinou a ser tão egoísta, garota?— explodiu a ruiva. Os rapazes ficaram agitados com a possibilidade de ter que intervir. Para eles, realmente uma coisa não interferia na outra. Se Jasper dizia que eles venceriam, então venceriam, com ou sem Edward. O que nenhum Cullen disse em voz alta mesmo é que foi uma atitude muito inconveniente a de Bella, mas ela é só uma garota insegura que quer estar perto do namorado em um momento crucial. Foi um pedido chato, e mesmo que quisesse ficar com a família, Edward sempre cede às vontades dela— A família dele vai lutar por você e, além de tudo que eles fizeram por nós, você insiste em tirar só ele do campo. Puta merda, Isabella!— Suzan gesticulava agressivamente, os olhos de Isabella brilhavam com o insulto. Emmett se sentiu pior ainda, mas era melhor para ele ter contado a verdade. Suzan poderia se zangar com todos, menos com ele... né?

— Não precisam dele! Isso já foi discutido!

— Você ouviu o que eu acabei de dizer? Não é sobre eles precisarem, é sobre senso, cacete!— Suzan encarou Bella como se ela fosse uma completa insana. Ela não a entendia. Apesar de ser boa a maior parte do tempo, Bella era extremamente teimosa e estava sendo completamente mimada. O coração de Suzan estava batendo de um jeito preocupante por conta do estresse. Emmett segurou seu cotovelo e a puxou para que ela se virasse para ele, Emmett a observou com cuidado e pôde ver os sinais. Ele ficou atônito enquanto Suzan só pensava em controlar a respiração porque seu peito estava começando a doer— Emmett— ela chamou sem fôlego colocando a mão no coração.

— Está tendo taquicardia, Su— ele começou a entrar em pânico olhando para Edward em busca do que poderia fazer.

Isabella recuou com as armas imediatamente. A sua família, por parte de mãe, tem histórico de problemas cardiovasculares, é a primeira coisa que ela pensa. Não é a primeira vez que Su mostra esses sinais.

— Meu Deus, Su.— Bella se aproximou das costas da irmã e todos fecharam um círculo ao redor da ruiva, preocupados.

— Tá tudo bem. Tudo bem.— apesar da sensação horrível, Suzan tentou manter o controle. Ela não queria olhar para Bella então escondeu o rosto no peito de Emmett e ele a abraçou preocupado com sua palidez e respiração.

— Chame Carlisle.— Emmett pediu para o telepata que já estava pegando o telefone— Isso, tá tudo bem.— ele sussurrou para Suzan concentrado nas batidas de coração dela.

— Acho que minha ansiedade atacou. Desculpa.— pediu ela, sem fôlego, a vertigem estava aumentando e ela se sentia muito próxima de um desmaio.

— Tá tudo bem, é culpa minha.— Emmett conseguia se afundar mais no poço de culpa, como se tivesse provocado isso de propósito.

— Emmett, eu preciso me sentar um pouco.— Suzan avisou, Emmett a pegou no colo e correu com ela escadas abaixo, sentando-se com ela no sofá.

— Você tem problemas no coração?— Emmett perguntou, incrédulo com a falta de surpresa vinda dela diante da sua dificuldade. Suzan ficou mole em seu colo, a cabeça pousada em seu ombro. Ela quis chorar.

— Sim. É de família. Parece ter pulado minha mãe, e eu fui a premiada.— ela riu brevemente com a voz embargada. A dor estava passando.

Emmett ficou sério, andava fazendo isso muito recentemente. Pensou mais a frente, em como esses problemas de saúde se agravariam com o tempo e não gostou nada do que previa.

Eles tem um dia até que o exército — de Victória ou não — chegue.

INSTANT LOVE, Emmett CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora