32- Conflito

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Estaciono o carro na garagem de casa, e entro direto pro meu quarto. 

Pretendo mandar mensagem para a Cassie, só para ver se ela vai mentir pra mim de novo. Por que ela mentiu?

Não vou mandar nada agora, liguei para ela apenas uma hora atrás, vou esperar um pouco.

— Filho? — Minha mãe bate na porta.

— Pode entrar. — Assim ela faz. — Tudo bem? — Ela senta na minha cama, e me analisa.

— Comigo? Sim, com você? Sei que não. Estou preocupada com você, às vezes vejo você com mudanças de humor muito frequentes, sabe que pode conversar comigo sobre qualquer problema que esteja passando. — Minha mãe é uma ótima leitora de pessoas, ainda mais com seus filhos.

— Eu estou bem, na medida do possível, só um pouco confuso, coisa de adolescente. — Dou de ombros, mas ela não fica satisfeita. — É que... Eu gosto dessa menina, a gente ficou, mas ela mentiu pra mim hoje. Ela disse que ia ajudar a mãe com algo em casa, mas vi ela tomando sorvete com um menino. — Suspiro frustrado. — Quando estou de bom humor, é porque as coisas com ela estão indo certo, e quando estou mau humorado...

— Entendi... A menina é a Cassie? — Ela supõe.

— Sim, como sabe? — Nick disse que é óbvio, mas minha mãe só viu a Cassie umas três vezes na vida.

— Você saiu de madrugada pra casa dela, sem nem hesitar. — Ela tem um ponto.

— Mas ela estava desesperada. — Me defendo.

— Você nem hesitou em correr até ela Matt, e isso é amor. — Ela fala a palavra que tanto evito.

— Amor? Claro que não. — Ela não acredita em mim, e nem eu.

— Ah... Então você não fica de coração partido ao ver ela com um outro cara tomando sorvete? Apenas fica com ciúmes bobo? — Eu fiquei muito triste, principalmente pela mentira.

— Não... Será que estou me apaixonando? — Pergunto em voz alta, e minha mãe sorri.

— Claro que sim meu amor, você está. — Isso não me assusta mais, eu tinha medo de me apaixonar, mas com a Cassie, tudo é diferente.

— Mas o cara do sorvete? — Falo aflito. Não esqueci dele. Nem vou.

— Você não sabe quem ele é filho, conversa com ela, tenho certeza que ela irá esclarecer tudo. Tenho certeza que ela gosta de você, se não, ela já teria se afastado, desde o início. — Será que ela gosta mesmo de mim? Ela parece ter um padrão. Alto, musculoso, atleta. Eu lembro do cara da festa da Elena.

— Talvez esteja certa, obrigado. — Minha mãe sai do quarto.

Cassie parece gostar de mim, não acho que devo me preocupar.

Cassie POV:

Meu deus que incrível! — Falo animada pela história que Peter acaba de contar.

Peter conseguiu uma bolsa integral pra UCLA - Universidade da califórnia, Los Angeles, por causa do basquete. Ele desde os 12 anos sempre foi muito bom no basquete.

— Pois é, o problema é que... Eu quero ser pediatra. Se eu for pra lá, eles iam roubar pelo menos 4 horas do meu dia pro treino. — É uma situação muito complicada.

— Mas ser jogador de basquete profissional é legal... Tem certeza absoluta que não quer nem cogitar em ser um LeBron James da vida? — Ele hesita.

— Seria legal... Mas e a pediatria? — Suspiro, as pessoas podem ter um plano B quando o plano A não da certo.

— Você quer fazer pediatria por você, ou... Ou por causa da sua irmã? — Ele me olha triste.

die for you ~ matt sturnioloOnde histórias criam vida. Descubra agora