Praticamente todas as viaturas da polícia estavam em direção ao local. De fato, ninguém havia ido à tal floresta, pois não era tão distante da infame "Floresta dos Cadáveres Expostos" — Ninguém era tão maluco de ir para lá. Todos que entravam na suposta floresta amaldiçoada tinham malas agoros para sua vida toda.
Adentrando a vegetação, logo os policiais encontraram uma estranha trilha, que levava até uma misteriosa mansão. Sua aparência do lado de fora era de uma casa rústica vitoriana, provavelmente de uma família nobre. Entretanto, seu estado não condizia com o propósito. Ela estava totalmente abandonada... Certo? Seja quem estivesse lá dentro ou não, Cris havia chegado primeiro em sua viatura. Demoraria um pouco até o resto do batalhão chegar devido à estranha vegetação.
— Okay, okay, vamos cercar... – Disse Cris enquanto descia da viatura com um auto falante em mãos.
— Certeza que é aqui...? – Questionou Jessy, levemente desinteressado.
— Sim... Caso contrário, não teríamos encontrado tantos rastros de destruição pela floresta. Então... Provavelmente é daqui que eles cometem os crimes virtuais. — Limpou a garganta e ligou o auto falante — Atenção, aqui é a polícia. Cercamos a residência, favor saírem com as mãos na cabeça e deitado no chã-
Neste momento, a porta da frente foi praticamente explodida, com uma estranha criatura esguia cambaleando pelo chão, seguida por outra figura. Suas aparências não eram nada humanas, sequer possuíam uma face. Cris ficou aterrorizada, tudo parecia estar fazendo um barulho de "piiii", seu coração quase parou.
"Ele... É realmente... Real?"
Tudo pareceu correr em câmera lenta para si, mas muito rápido ao mesmo tempo. Vários daqueles estranho assassinos que tanto procuravam incessantemente por anos repentinamente apareceram correndo de dentro da mansão. Para sua sorte, suas viaturas chegaram mas... Espere. Há algo errado.
— Vamos, homens! Peguem, peguem eles!!!
Aquela voz soou no fundo de sua cabeça, era tão familiar e distinta que, por mais que houvesse um barulho intenso ao lado de fora devido o caos, com assassinos gritando e policiais correndo para cima, ela pôde distinguir facilmente.
— Oizinho, policiais. – Sorriu a loira, colocando sua franja atrás de sua orelha repleta de piercings. Parecia mais feliz que jamais esteve.
— O que... COMO?! – Cris a pegou e jogou contra o carro, com seus olhos repletos de ódio e mãos tremendo. Kath apenas sorriu.
— O que? Acha mesmo que sua equipe era... Confiável?
A loira sorriu de canto. Cris olhou para trás, viu Marcelo tentando prender um dos assassinos, um mascarado de moletom laranja fosco, que logo em seguida fugiu com o auxílio de outro mascarado, então, olhou para seu lado e viu Jessy de braços cruzados.
—... O que...?
— Me desculpa, garota, mas... Na verdade eu sou da SCP. Meu nome não é Jessy, inclusive. Foi um prazer trabalhar com você. Obrigado pelas provas. – Disse, em uma voz fria.
Cris não podia acreditar, estava em choque completo, paralisada. Ela praticamente voou em cima de "Jessy", gritando e berrando sem parar, enquanto o mesmo simplesmente não possuía reação alguma.
— DEPOIS DISSO TUDO, DEPOIS DESSE TEMPO TODO?! EU CONFIEI EM VOCÊ, EU-
— Não. Não é nada contra você especificamente... – O traidor lhe deu um soco na boca, a fazendo cair — Foi divertido.
— Tch... Eu... Eu te ajudei... V-Você roubou minhas provas e...
— Sim, sim. Você é um bom detetive, opa, digo, uma boa detetive. Não falei para ninguém de seu segredinho, Cris. Vamos apenas... Seguir nossos caminhos, Okay? – Deu um sorrisinho, se retirando daquele local.
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Do outro lado da mansão, Jane e Kagekao carregavam seus companheiros, tentando escapar para a mata desesperadamente.
— Hah! Eu disse que teriam uns aqui! – Disse um cientista de jaleco branco, atirando em direção a Jane.
— Droga!!
Tentaram fugir, porém, foi em vão. Logo, estavam cercados...
— Jane... O barranco. Pula nele. — Comandou Kagekao.
— O que? Mas-- Ele deu Toby para Jane e Natallie segurarem. Ele era bastante pesado para as duas...
— Não. Vai... Eu vou depois de vocês, eu juro. Então, vamos viver nossa vida... Viver de verdade.
Jane olhou para baixo por um instante, recuando. Após isso, seguiu em frente e correu para o barranco. Kagekao se teleportou e conseguiu cortar a garganta de um dos cientistas, manchando seu jaleco de branco. Infelizmente, fora pego por outro cientista da SCP. Seja lá o que tivessem atirado nele, o deixou imóvel, assim, o fazendo cair no chão.
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— Oh. Que infelicidade. Bem, irmãozinho, vou seguir meu caminho... Talvez eu não devesse te deixar aqui-
Splendorman foi atingido de raspão por uma arma de choque intensa, o que fez seu braço inteiro ficar imóvel.
— Ah, carambolas e bulhufas! Não vou poder ficar... Sinto muito. Talvez Zalgo possa te ajudar, não? – Disse Splendorman, se teleportando e assim sumindo daquele local. — Ah, talvez eu pegue uns de seus proxies... – Sua voz ecoou, assim, desaparecendo.
— Huh, huh... Hum~ — Kath cantarolou, se aproximando de Slenderman, que estava cercado. — Operator, meu Operator... Finalmente. Finalmente te encontrei. – Ela deu um sorriso largo.
Assim se terminou o caos momentâneo — Jane conseguiu escapar com Natallie e Toby, alguns proxies foram levados pela SCP, que saiu deveras cedo do local. A polícia, além de levar alguns suspeitos para interrogatório, investigaram a mansão e deram um fim no tal computador de onde os residentes da mansão alienavam as crianças. Decididamente, a mídia não ficaria sabendo daquilo, mas dariam uma desculpa idiota falando para tomarem cuidado com pessoas perigosas que seriam "usuárias de droga" que escaparam de uma casa abandonada em meio a floresta.
—... O que será deles? – Questionou Jane, enquanto arrastava Toby com o auxílio de Natallie.
— Eu... Não sei. Mas depois de quase seis anos... Eu finalmente tô vendo o céu. – Disse a jovem, observando as estrelas e assim, derramando uma lágrima — Não se preocupe. Estamos livres, né?
— Há que custo... – Suspirou Jane.
Continua...
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Ressentimento - Slenderman
Horror[Essa história se passa após "Meu Amigo Splendorman" e "Pétalas cor de Sangue - Offenderman"] Mesmo com tudo caindo ao seu redor, Slenderman continuava sério e jamais perdia sua compostura. Talvez seja a hora de ele começar a questionar suas própria...