XXXII - O ponto final

3 1 0
                                    

Um estranho zumbido paira no ar em meio ao silêncio, o que é acompanhado de um grunhido irritado.

— Aaahhh... Que foi? – Diz a voz sonolenta de Marcelo.

— Acabei de encontrar o Jessy, ganhei as provas necessárias para acabar com essa tal de SCP idiota!

— Hã... Mas o que? Que horas são...

— Abre a porta da sua casa que eu te explico tudo!

— Espera, O QUE?! – Ele dá um pulo da cama, caindo de cara ao chão. Olhando pela janela, vê o carro de Cris estacionado e alguém acenando à sua porta.

•••

•••

— Cara... São tipo, umas 4:30 da manhã... – Ele estava com um roupão e com os longos cabelos completamente emaranhados.

— São praticamente 5! Você não reclamava assim antes.

— Antes eu não dormia. Sabe como é bom ter mais de 3 horas de sono por noite?!

— Tá, desculpa te acordar é que... Eu descobri sobre... Tudo! Tudo!

Cris não era uma pessoa muito animada, na verdade, ela era sempre muito séria, e Marcelo sabia muito bem que quando ela sentia toda essa determinação e animação era um grande sinônimo de medo.

— Ah, não, não, não, não começa agora não! – Ele fez um sinalzinho de não freneticamente com o dedo — Da última vez que você ficou assim terminamos dentro de um fusca na fronteira e eu levei um socão no olho!

— Não foi minha culpa, e isso faz uns três anos... E foi uma boa ideia. – Ela cruza os braços — Você vai querer ouvir sobre a SCP ou não?

— Aí, tá, vai, conta. – Suspirou, enquanto se sentava em uma poltrona surrada de sua sala bagunçada.

— Tá bom, é o seguinte... A SCP é uma fundação secreta do governo. Achava no início que eles eram como o FBI ou que lidavam com traficantes hiper poderosos e tudo mais, mas pelo que o Jessy me falou...

— Jessy?! Você se encontrou com aquele não-binário filha da puta?!

— Sim, e eu dei um soco nele, antes que me pergunte. Enfim, lembra que a gente vivia achando que os caras que seguiam o Círculo Vermelho e rezavam pra um tal de "Slenderman" eram malucos ou usuários de cocaína?

— E não são?!

— Então... Quando a gente foi naquela mansão cheia de esquisito, aquele cara magrelão era esse tal de Slenderman e aparentemente é uma criatura interdimencional que alienava crianças para se alimentar delas.

Um silêncio toma a sala toda.

— Cara... Cê bebeu?

— Marcelo, eu não tô bêbada. Você viu aquele maluco queimado na sala! Aqueles caras são os servos daquilo!

— Okay, tá, eu... Acho que acredito em você... — "Vou chamar o hospício." Pensou.

Ressentimento - Slenderman  Onde histórias criam vida. Descubra agora