A criatura esguia se encontrava observando as pessoas por trás do espesso vidro espelhado na sala acolchoada. Podia com facilidade sentir suas presenças e seus medos, a final, tinha noção de que eles se amedeontavam facilmente com o desconhecido.
Entretanto, a criatura procurava esconder que ele mesmo estava amedrontado.
De seus braços cujas vestes estavam esfarrapadas sangue ainda escorria, lentamente e em pequena quantidade. Seus ralados na pele esbranquiçada pulsavam com uma estranha ardência enquanto suas mãos, pescoço e pernas estavam presas por correntes. De fato, Slender era do tipo "mimizento", pois estava odiando à sensação de estar machucado e sujo. Sua pele estava extremamente sensível há qualquer coisa. Jamais havia sentido tais coisas, jamais esteve por baixo de alguma situação... Sempre esteve por cima, controlando tudo e todos com facilidade, tomando seu sangue jovem ao fim do dia em uma taça.
Estava dando seu melhor para manter sua compostura, mas estava aos poucos querendo mais e mais surtar ali mesmo, entretanto, não poderia o fazer.
"Era assim que meus proxies se sentiam?"
Se questionava incessantemente, enquanto furava a ponta de seu dedo discretamente. Sentir aquele sangue espesso saindo de seu dedo, como se fosse um tubo se esvaziando era... Estranho. Era extranho sentir dor. Sentir aquela ardência que o faria morder a língua se possuísse boca visível fazia sua mão tremer, de fato, não estava mais aguentado absolutamente nada.
Logo, fez um tipo de desenho estranho ao chão, pronunciando palavras impossíveis de se escrever. Já que estava no ápice de seu desespero, decidiu chamá-lo... Zalgo.
•••
Na dimensão do caos, Zalgo observava Janie espancando Offenderman incessantemente. Já que era todo poderoso, ficava curando Offender pouco antes de morrer para que a garota continuasse o espancando de novo e de novo.
Sentiu o chamado, soltando um sorrisinho de canto.
— Não deixe que Offender morra, Lurker. Quero que nossa queridinha se divirta até descobrir suas habilidades, sim? Vou... Lidar com uns assuntos.
— Sim, senhor Zalgo.
Sendo assim, Zalgo entrou ao chão de carne gritante, desaparecendo e reaparecendo em um local distante. Ele observou seu feito perfeito — Prédios, casas e pessoas de outras dimensões sendo consumidas. Dimensões essas que Zalgo não poderia interferir diretamente, mas sim implantar sementes lá. Se a semente eclodisse dentre décadas ou séculos, iria tudo ser consumido. E assim, ele criou sua dimensão do caos... O mais divertido era que as pessoas, com seus sentimentos sonhos e vida ficavam deformadas mas vivas. Todas estando em um estado de dor Infinita... Sem poder fazer nada.
Zalgo se orgulhou de seu trabalho duro. Entretanto... Deveria cuidar de sua prole mais amada e mais desejada, Slenderman.
— Slendy, meu querido!
— ... Não grite na minha cabeça. Estou com uma tremenda enchaqueca. – Respondeu mentalmente.
— Você está preso, não está? Como foi deixar isso acontecer? Você era o mais precavido...
— Eu sou o mais precavido. Splendorman que estragou tudo... Estragou com sua vontade bizarra de fazer o bem, por mais que... Ele claramente faça o mal a todos.
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Ressentimento - Slenderman
Horror[Essa história se passa após "Meu Amigo Splendorman" e "Pétalas cor de Sangue - Offenderman"] Mesmo com tudo caindo ao seu redor, Slenderman continuava sério e jamais perdia sua compostura. Talvez seja a hora de ele começar a questionar suas própria...