Com os pensamentos conturbados, Slenderman decidiu procurar ao menos um pouco de "refúgio" na companhia de Splendorman, seu único parente que não era uma completa vergonha e era minimamente racional, ao menos até o ponto de ser possível ambos debaterem suas ideias diferenciadas. Sempre foi um prazer para Slender fazer isto.
A mansão de Splendorman estava praticamente acabada, com apenas algumas paredes para serem pintadas e alguns detalhes para serem desenhados na madeira bruta. A criatura se prostrou na porta de entrada e acabou percebendo com sua "visão" periférica um tapete de entrada. "Vibes Ruins proibidas!" junto a um desenho do rosto de Splendorman sorridente. Huh, que irônico!
Logo, ele adentrou a mansão, que estava deveras bela por dentro, com móveis que eram uma mistura de casa de avó com um certo modernismo. A casa não era mais tão saturada como antes — Splendorman finalmente teria recobrado sua sanidade? Provavelmente. Logo, a criatura encontra seu parente, sorridente como sempre, secando seu suor. Estava terminando de pintar uma das paredes com um tom suave de amarelo que era reconchegante. Ao percebeu o parente, Splendorman deu um grande sorriso, correndo até o irmão.
— Slenderman! Que grande surpresa, e bem na hora do chá! Vamos, vamo, entre!
— Uh, na verdade eu...
— Sem desculpas, venha! – Splendorman arrastou o irmão para sua "sala do chá"
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O cômodo era o local perfeito para pessoas que queriam estar sozinhas — Não muito grande, com uma sacada que dava vista para seu lindo jardim repleto das flores mais lindas e cheirosas. Para uns, o cheiro poderia incomodar, para outros, poderia ser o paraíso, porém, era definitivamente melhor que o incenso psicodélico de sua antiga mansão. Alguns pequenos quadros de desenhos infantis (provavelmente presentes restaurados das crises de Splendorman) espalhados pela parede, a qual possuía uma cor rosa claro, o chão de madeira bruta coberto por um carpete de bolinhas, o qual poderia machucar a vista de qualquer um e por fim, uma mesa do tipo "floresta encantada" para o chá.
— Céus, você precisava mesmo de um carpete assim? Estava muito satisfeito vendo a forma que sua casa estava ficando, mas isso é simplesmente uma dor de cabeça gratuita! – Reclamou Slenderman, enquanto passava os dedos por sua "testa". Seu irmão então, lhe trouxe o bule de chá.
— Ora, não seja tão maldoso. Alguns hábitos antigos não morrem, você sabe disso. – Comentou o mais velho, servindo o chá — Você realmente não me visita num período de tempo tão curto. Imaginei que você tivesse algo para me dizer... E considerando como você parecia um pouco tenso, decidi lhe fazer um chá de camomila.
— Você se tornou bastante observador...
A sala ficou em silêncio por um instante. — Quando você quiser, pode falar. – Disse Splendorman, tomando um gole do chá.
—... Splendorman, porque você é assim?
— Oh... – O mais velho fez uma expressão confusa, abaixando sua xícara de chá. — Como assim?
Slenderman suspirou novamente — Como você decidiu simplesmente ajudar as pessoas e porque perde seu tempo tratando bem seus proxies ao invés de simplesmente escraviza-los?
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Ressentimento - Slenderman
Korku[Essa história se passa após "Meu Amigo Splendorman" e "Pétalas cor de Sangue - Offenderman"] Mesmo com tudo caindo ao seu redor, Slenderman continuava sério e jamais perdia sua compostura. Talvez seja a hora de ele começar a questionar suas própria...