XXXVIII - Final II - O sorriso torto do palhaço

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(...)

A garota começou a emanar uma aura maligna e caótica, contorcendo o espaço à sua volta com pixels. Seus olhos possuíam um diferente brilho, ele era deveras forte e intenso, chegava à arrepia-lo um tanto. Os dentes da garota, que agora eram ponteagudos, se revelaram em um sinistro e forçado sorriso repleto de ódio.

"Huh... Seja lá o que Zalgo fez com ela é... Forte. Entretanto, não é parea para mim. Não quero machucar a minha Janie, entretanto..." Pensou Splendorman.

— Muito bem. Quando eu acabar com a senhorita, vou levá-la de volta para casa comigo.

— EU NÃO SOU SUA PROPRIEDADE!

Agora a garota estava completamente enfurecida e partiu para cima de Splendorman em um impulso quase que instantâneo e começou a diferir diversos golpes no palhaço, que simplesmente estava esquivando sem dificuldade. Splendorman percebeu que cada vez que Janie errava ela parecia ficar mais irritada e, com isso, ela ficava também mais rápida.

"Huh... Será que suas habilidades são baseadas em raiva? Hoho... Deve ser fácil derrotá-la. Não vou me segurar!"

Splendorman simplesmente, aí invés de atacar, se teleportou para longe da sala.

"Se seus poderes são baseados em raiva, ela com certeza não vai saber controlar em seu potencial máximo, e se eu juntar isso à sua sensibilidade com luzes e sons, com certeza vou derrotá-la."

Não demorou para que a jovem punk fosse atrás dele. Ambos estavam agora em uma sala repleta de corpos, corpos deixados por Kagekao e Eyeless Jack. Janie parou bem à frente de Splendorman.

— Oh, senhorita... Senhorita Janie! Você voltará a ser minha proxie, deixe Zalgo de lado, nós éramos muito felizes juntos, lembra?

— SE EU ME LEMBRO?! EU ERA UM MONSTRO! VOCÊ ME FEZ UM MONSTRO!!

— Hoh... Você era melhor antes. Pelo menos ficava quietinha.

Janie começou a espumar de raiva e o espaço próximo de si começou a desfocar, e antes mesmo de algo mirabolante acontecer, Splendorman enfiou seus tentáculos em todos os cadáveres ao chão, os abrindo e jogando-os contra Janie. A garota ficou coberta de sangue e uma imensa agonia subiu sobre si... Aquele líquido ainda quente e pegajoso, que tinha aquele cheiro metálico forte... Um corpo foi jogado em cima de si, a fazendo escorregar.

Splendorman então, começou a fazer com que as luzes do ambiente piscassem freneticamente, fazendo também os alarmes ficarem mais altos. Janie começou a ficar desmantelada e confusa, logo, berrando em desespero e em dor. A cada momento os alarmes ficavam mais altos, fazendo a garota se contorcer em dor por sua sensibilidade auditiva.

— Tch, Tch... Que peninha, senhorita Janie. Mas... Como eu disse, vou te levar para casa de qualquer maneira.

Splendorman enfiou os tentáculos nas artérias de Janie, as cortando e assim, fazendo seu sangue jorrar. A garota se contorceu e cobriu o sangramento, mas estava tão confusa e desesperada que não pôde se defender... Assim, acabando morta naquele mesmo instante. Estava tão sensível que sequer pôde se curar, tendo um triste fim.

Splendorman sorriu e então, pegou a garota em seus braços, assim, saindo andando.

— Sabe senhorita Janie... Eu fico muito feliz em estarmos reunidos novamente. Senti sua saudade, sinceramente. Ah, olha só...

Ressentimento - Slenderman  Onde histórias criam vida. Descubra agora