A penumbra da madrugada era assombrosa, principalmente pelo local escolhido por Jessy — Uma fábrica abandonada de embalagens. Aquele local era todo enferrujado e seu odor de papelão molhado era impossível de se aguentar. Faziam pelo menos une dez minutos que Cris estava parada esperando o meliante...
"Porque eu vim...? Aquele idiota fez tudo aquilo e ainda me humilhou... Ele atrapalhou TODA a investigação... Eu vou prendê-lo se ele fizer qualquer gracinha, e com certeza vou meter o cacete." Pensou, logo antes de alguém chegar em uma moto. Era Jessy.
— Oi Cr- Jessy recebeu um murro na boca que o fez quase cair para trás. — MAS PORQUE???
— Você SABE o porquê seu corno filho da puta! Agora é bom começar a falar, caso contrário eu vou te levar PRESO! — Disse, histérica.
— Ow, calma, calma-- e-eu vim em paz... Eu juro.
— Então FALA LOGO, CARALHO! — Respondeu, puta da vida.
— Tá... Olha... Primeiro, eu queria... Pedir desculpas. Eu não... Olha, a minha vida toda eu nunca fui o que eu queria, mas sim o que os outros queriam que eu fosse... Então eu decidi só... Entrar na SCP um dia e comecei a fingir ser muitas pessoas-- eu... Olha eu sei que isso é um crime, mas eu vivi minha vida errado esse tempo todo... — Ele olha para baixo, conforme sua boca sangrava levemente — Mas tudo mudou. Você, o Marcelo... Vocês me aceitaram do jeito que eu era, por mais que fosse totalmente sem graça e indiferente, você SABIA que eu tava me forçando a ser quem eu não era e...
— Espera, espera... Deixa eu ser se entendi: Você vem aqui do nada com esse papinho e revela que fingiu sua identidade não só uma mas diversas vezes?
— Calma cacete, eu não terminei de falar... Ugh, olha, eu sei como você é impaciente então toma. — Ele jogou às mãos de Cris diversas pastas e pesquisas da SCP e que foram roubadas da polícia — Isso aqui é... É seu. Eu peguei escondido da SCP, inclusive, tem algumas coisas aí que podem fazer a fundação desaparecer. Meu serviço tá em jogo junto com meu pescoço, mas decidi pela primeira vez fazer algo que eu queria... Que é a coisa certa. – Ele coçou a nuca.
— ...Nossa... Eu... Eu não esperava isso. Eh, obrigado, eu acho. — Um silêncio penetrou o local — Você... Tá a fim de beber? O Marty's está aberto hoje, estão ficando abertos 24 horas ultimamente...
Jessy a olhou com os olhinhos brilhantes e soltou um sorriso genuíno — Claro... Isso... Isso seria ótimo.
— Hehe, tem mais alguma coisa da SCP para me contar? – Questionou, enquanto o acompanhava até sua motocicleta.
— Ah, a Kath tem uma teoria doida de que existe um ser interdimencional que controla aquele palito com tentáculos de porno.
— Ah, poxa que coisa mais besta pfff...
— Real. Duvido que esse tipo de coisa exista, haha...
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— Dimensão do Caos —
Janie havia espancado Offenderman por incontáveis horas... Ou dias, era impossível de saber. Quando tentava se lembrar do que havia feito, suas memórias ficavam nebulosas, com glitches estranhos e imagens tremidas, que pulavam para frente e para o passado.
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Ressentimento - Slenderman
Horror[Essa história se passa após "Meu Amigo Splendorman" e "Pétalas cor de Sangue - Offenderman"] Mesmo com tudo caindo ao seu redor, Slenderman continuava sério e jamais perdia sua compostura. Talvez seja a hora de ele começar a questionar suas própria...