XI - Círculo sangrento - ARCO II

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— ARCO II —

— Achou alguma coisa? Alguma pista ou...

— Não, nada. Nenhum rastro.

— Eu já olhei as câmeras de fora, se ela tivesse caído nós definitivamente teríamos visto eu... — O policial suspira, já estando estressado com a situação.

Marcelo, Jessy e Cris estavam trabalhando à frente neste caso, que, no começo, juravam que fosse apenas mais um serial killer que seria pego em poucos meses, porém, logo se provou ser o caso mais importante e com mais relevância dos últimos tempos. O caso se chamava "Círculo Sangrento". Todas as vítimas, sejam elas assassinadas ou raptadas, acabavam com esta marca, um círculo com um "X" ao meio, geralmente cravado nas próprias vítimas ou ao local em alguma parede ou papel. A melhor hipótese que tiraram disto era que não se tratava de apenas um assassino, mas sim de um seita ou algum grupo.

Os policiais estavam há pelo menos cerca de anos trabalhando neste caso. Tudo começava com alguns raptos de crianças e pré adolescentes, porém, ele escalou de forma alarmante para homicídios... E você deve se questionar "e o que isso tem haver com Janie?" Certamente, a jovem havia desaparecido de seu lar e logo foi-se feito um B.O na polícia, alguns meses se passaram e imaginavam que a jovem já estivesse morta àquele ponto. Para a surpresa de todos, a mesma foi encontrada à beira de um rio por alguns ciclistas que praticavam seus exercícios semanais. A garota estava com seus braços de cor acinzentada, como se houvesse os queimado em um incêndio e, também estava com os poros do rosto escorrendo um tipo de líquido negro...

Tais "sintomas" haviam sido vistos em registros de alguns dos assassinos que cometeram tais atos antes de simplesmente desaparecerem do mapa e, também possuíram a certeza de que ela estaria conectada de alguma forma com a tal "seita" quando observaram uma marca de círculo com "X" ao meio em baixo de sua blusa.

Os agentes levaram a garota para o hospital por seu estado catatonico e guardaram a porta, impedindo curiosos, pois a final, ela poderia ser a chave para tudo aquilo acabar, uma pessoa que poderia os dar pelo menos uma luz naquela enorme escuridão que estava sendo o caso... Porém isso tudo caiu por terra quando a garota simplesmente desapareceu, sem mais nem menos do quarto de hospital.

— Ugh, droga, cara... – Resmungou Marcelo, colocando as mãos na cabeça. Para piorar o seu dia, percebeu uma loira entrando de uma vez na cena do crime, ignorando seus colegas que tentavam-na impedir. A moça possuía um semblante jovem e parecia uma patricinha ignorante de escola. — Ah porra... Agora essa?!

— Fundação S.C.P. Nós iríamos levar a garota para nosso laboratório para tratar dela mas... Estou vendo que vocês não souberam fazer seu trabalho direito. – A cientista possuía óculos escuros com lentes ovais, o que deixava sua aparência "robotizada" mais esquisita.

— Pelo que eu sei, vocês não tem exatamente autorização para... – A moça praticamente enfiou um contrato no rosto do policial

— Falamos com os pais da jovem. Eles assinaram este contrato que nos permite levá-la conosco, mas vocês perderam ela... Como podem explicar isso?

— Explicar?! Mas nó-

— Vocês não fizeram seu trabalho direito... Se nós, da S.C.P, não tivéssemos sido baratos por irresponsáveis como vocês, a garota provavelmente já estaria recebendo um tratamento realmente eficaz e estaria prestes a voltar para sua casa, com sua família... – A moça simplesmente deu de costas e foi andando, deixando o policial com os punhos cerrados. — A final, vocês querem o bem dos cidadãos, não querem?... Vamos assumir daqui. Seria de grande ajuda se colaborassem com os verdadeiros profissionais... Estaremos passando em seu departamentinho de quinta para pegar as fichas e evidências do "Círculo Sangrento" — Por fim, se retirou, deixando o policial incrédulo com tal ousadia.

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