XV - Por trás da máscara - I

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[AVISO] Para a melhor compreensão do capítulo é recomendável a leitura do capítulo "XV - Mãos à obra" da fanfic "Meu Amigo Splendorman"

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- Residência dos Mors -

O clima estava chuvoso... Na verdade, todos os dias pareciam chuvosos para a mãe de Janie e Catherine. Ela pensou que tudo estaria bem assim que sua filha voltasse. Pensou que ela iria sair do hospital em poucos meses, já até estava planejando uma viagem ao parque dos insetos... Ela sempre soube como Janie era maluca por borboletas, como a filha pegava às vezes pequenos besouros do quintal e ficava os observando no sol, apreciando o que raramente era visto - Como algumas asas e carapaças de besouros emitiam um brilho arco íris ao sol.

Rosa Mors colocou o pano de prato ao lado, abaixando sua cabeça. Por mais que não fosse tão velha, sentia como se houvesse envelhecido pelo menos dez anos nos últimos meses, com suas rugas e olheiras mais acentuadas devido o choro e a depressão severa que lhe acompanhou após perder ambas as filhas...

Abriu seus pequenos olhos castanhos, observando a porta da cozinha. Observou em meio a suas mechas castanhas, seu marido, Natanael entrou na cozinha em silêncio. Tudo ficou estranho entre eles...

Rosa não sabia dizer bem o que seu marido sentia sobre a situação inteira, já que sempre foi difícil ler o que ele sentia. Desde cedo ele se provou ser um homem de feição séria, que sorria de canto para raras situações. Tal coisa fazia a mulher agradecer por nenhuma das filhas ter puxado a ele, à final, sempre foram sorridentes. Entretanto, o temperamento havia vindo dele, principalmente o de Janie.

- A... A polícia tá aqui... Eles acham que podem achar coisas aqui. - Pronunciou ele com sua voz grossa de sotaque forte do interior.

- Polícia... Heh. Você acha mesmo que a polícia vai ajudar, Natanael? - Posicionou-se a mulher, com um semblante obscuro.

-... Eu não sei qual é o seu ponto, mulher.

- O meu ponto?! O MEU PONTO?! - Rose que sempre fora tão calma exaltou-se - Você... Você sempre foi um homem FRIO. Você ao menos sabe qual é o sabor de bolo preferido da Janie? Ou qual era o tipo de vestido preferido da Catherine? Ao menos sabe a data de nascimento das duas?!

- Ah, não é pra tanto mulher! Eu sou o provedor dessa casa, não é minha culpa não ter tempo!

- Provedor?! Essa é a sua desculpa?! Porque você sorria mais quando seu maldito time de baseball ganha do que quando sua filha te dava um presente?! - Ela elevou a voz. Aquilo até gelou a espinha do homem, a final, isso não era comum de sua natureza.

- Não haja como se você também também fosse uma mãe boa! Você acha que eu não percebia você excluindo a Janie? A final, eu também fazia isso!

- Não ouse falar da minha menina... - Ela segurou uma faca com força, tremendo.

- Ah, é? Vai me matar agora?! Como se já não bastasse perder as filha vai perder o marido?! Vê se sossega... Nem eu nem você fomos pais bons, Okay? Fomos um lixo, fomos péssimos! - A mulher abaixou a faca, que estava posicionada em modo defensivo quando viu uma lágrima escorrendo do olho de seu marido - Você acha... Que eu não queria voltar? Dar mais atenção pra Janie? Ela foi o que nos restou e sumiu... Então sim, sim eu acho que a polícia pode resolver isso!

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