Capítulo 5

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***AVISO DE GATILHO***


Neste capítulo conterá cenas de violência sexual. 


Não leia se for sensível. 



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Quando adentramos ao gigantesco portão vejo o povo daquela cidade, que não se difere muito ao que imaginava. Pessoas andando por todos os lados, claramente muito humildes e cegas de tanto trabalho. Muitos soldados monitoram todas as atividades locais.

Consigo perceber o quanto existe desigualdade, assim que entro no castelo. Uma arquitetura chique e elegante, muitos quadros e vasos. Ouro por todo lado. Não é atoa que a população seja miserável, todos trabalham ferrenhamente para deixar o imperador mais e mais rico.

Chego, ainda machucado e com os olhos inchados de tanto chorar, e sou apresentado para o governador.

- Felix, é um prazer recebe-lo. - Ele se dirige a mim com muita educação. - Não chore, criança, não receberá o destino que imagina. Duvido muito que sua imaginação possa acompanhar meus planos para você.

Tenho ódio, raiva, quero gritar pelo que ocorreu com a Faith, mas não consigo, me sinto paralisado.

Percebo que, ao lado da poltrona a que ele abandona para se aproximar a mim, está seu filho, provavelmente o mais velho devida importância que emprega no trono. O mesmo me olha com desdém e continua a conversar com o guarda que anota algumas coisas. Aparentemente, ele é mais sério e contido que o pai. Também parece ter mais responsabilidades.

- Vejo que está machucado e com trapos nada dignos de meu recinto. Levem-no para preparar-se.

Rapidamente, sem ao menos trocar uma palavra, sou levado a um cômodo que se destina a ser um lavatório. Maior que a sala de minha casa, sou despido com grosseria e banhado, contra minha vontade. Após o banho, sou vestido com uma túnica, que mais parece feminina, e uma coroa de flores é colocada na minha cabeça. Não entendo os trajes, mas não me atrevo a soltar uma palavra. Ainda sigo em choque com os ocorridos do dia.

Empunhado de um violino lindíssimo o imperador entra e me encara com fervor.

- Espero que você seja tão bom quanto é bonito.

Entendo, apenas agora, que estou em seu quarto, nem havia reparado a imensa cama ao fundo do cômodo.

Começo uma melodia tranquila e lacrimejo um pouco, ainda engolindo o choro e dor pela perda da minha irmã. Mal consigo tocar algo decente, não consigo me concentrar.

- Não chore minha criança. - Fala empinando meu queixo. - Você é tão bonito, tem traços tão delicados e finos.

Começo a sentir suas mãos percorrendo meu corpo. Com nojo e repulsa, me contorço, sem sucesso. O imperador é um homem grande, muito alto e largo. Tem traços pesados e está com um pijama muito revelador, então consigo perceber e até sentir sua 'animação' com a minha presença.

- Me solta, por favor. - Minha voz sai trêmula e arrastadas.

Sou agarrado pelos cabelos. Ele retira com agressividade o violino de minhas mãos e me joga contra a cama.

- Creio que você seja puro, Felix. Não parece o jovem mundano que estava escondido naquela oficina suja. Acredito que seja intocado. - Arregalo os olhos e lhe dou a confirmação. - Sabia, que delicia, um jovem como você é joia rara.

Sentado na cama, parece que ele dobra de tamanho vindo em minha direção.

- Senhor, por favor, me deixe continuar a música? - Tento barganhar.

- Querido, busco por outros sons esta noite.

Com agressividade ele pega meu braço e me deixa de bruços na cama. Levanta minha túnica e, por um breve momento, sinto seu olhar de predador sobre mim.

Meu corpo inteiro queima, sinto medo pelo que sei que vai acontecer e choro copiosamente.
Aos soluços e lágrimas, continuo implorando mentalmente que ele não faça, que desista, que tenha um lapso de piedade. 

Sua mão espalma minha bunda e sinto seus dedos adentrando. Uma queimação me invade e clamo que seja apenas isso. Mas logo sinto a retirar de seus dedos e seu membro sendo pressionado em meu interior. Solto um soluço ao senti-lo dentro de mim.

- Apertadinho, exatamente como imaginei.

Ele estoca uma vez de forma rude e precisa, grunhindo contra minha orelha. Soluço novamente, com dor e lágrimas pelo meu rosto. Seus gemidos são grotescos e nojentos, sinto que vou vomitar a qualquer momento. 

- Por favor, por favor, pare. - Falo de forma fraca e 'pulada' devido às estocadas impiedosas.

De repente as estocadas se tornam mais frequentes e rápidas. Seus gemidos são animalescos. Só consigo chorar. A dor e queimação que me invadem se assemelham ao que imagino ser a morte. Sinto um liquido escorrendo por minhas pernas, muita dor e ele não para. Continua grunhindo e gemendo, enquanto sinto que vou desmaiar.

Com um grunhido muito alto ele dá sua última estocada. Perco completamente minhas forças, nem conseguindo chorar e olho para ele. Está deitado, suado, claramente satisfeito com a violação que desferiu ao meu corpo. Abaixo de sua cintura vejo sangue, creio não ser dele. Foi isso que senti escorrer por minhas pernas. 

Império - HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora