Capítulo 8

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AVISO:

Este capítulo contém cenas de abuso sexual.
Por favor, não leia se for sensível!


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Pov. Felix

As noites tem sido solitárias na cela onde o imperador me trancafiou. Logo após minha primeira e horrível noite no castelo, como estava muito machucado pelo ataque de fúria de meu pai e com a forma como fui violado, fui mandado para uma espécie de enfermaria e, depois, para a solitária.

Enquanto viajava, mais uma vez, e tratava de negócios, ele me mantinha trancado. Minhas refeições eram sempre pão seco com leite, sopa ou bolachas com água. E sempre apenas uma refeição por dia, creio que seja para não ter forças caso queira fugir.

Ao retornar, o imperador fez com que os guardas me levassem até ele novamente. Temi por meu corpo, já recuperado, mas nunca querendo se acostumar com a sensação. Para minha felicidade, ele só me fez tocar para ele e assim foram as últimas 3 ou 4 noites, nem consigo mais contar os dias. Nunca sei ao certo quando serei levado aos seus aposentos e como ele vai me "usar".


Esta noite está, especialmente, iluminada, ele me manteve sentado perto da janela e olhava-me como se fosse arrancar meus trajes a qualquer momento. Por fim, ao término de sua garrafa de vinho ele dormiu. Em seguida um guarda entrou, me levando bruscamente de volta a meu cubículo.

Após um tempo longo escuto os barulhos de passos e a portinhola da comida se abre. Mais um pão e um copo de leite.

-Perdão, senhor, pode me dizer em que período do dia estamos? -Pergunto ao guarda, curioso, pois não vejo os dias se passarem, não tenho janelas.

-De que isso importa, garoto?

Ele sai, me deixando sozinho. Acredito que tenham se passado algumas semanas, ou talvez um mês, não consigo mais contar os dias corretamente. Passei a contar pelas refeições que me eram ofertadas. Cada prato oferecido é retirado e, depois de um longo tempo e muitas dores em meu estômago, chega outro prato. Ora o imperador está e eu sou oferecido para alegra-lo, ora não está e permaneço sempre no aguardo de outro prato de comida.

Fico olhando para o teto sem esperar nada em particular, mas escuto passos. Acredito que sejam para retirar o prato vazio. Até que escuto a porta se abrir.

-Que bela vestimenta, chega a ser um ultraje te trancar aqui. -Dispara o chefe da guarda.

Ele me analisa, com o mesmo olhar devasso que o imperador dispara a mim.

-Pernas bonitas, garotinho. -Ele senta ao meu lado e passa a mão em mim, sinto muito nojo.

-O imperador desaprovaria seu comportamento, senhor comandante. -Disparo de forma discreta.

-Como ousa citar meu imperador, você não passa de um lacaio que serve apenas para ser usado.

Sinto o espalmar de sua mão em meu rosto. Mais uma vez até que caio do pedaço de concreto que utilizo como cama. Ele, violentamente, me puxa pelos cabelos e joga de bruços na cama novamente. Seu peso vem todo em cima de mim e se levanta apenas para subir minha túnica.

Imploro que pare, mas não sou ouvido. Os guardas, postos a porta, me escutam e ignoram minhas suplicas. Meus olhos ficam arregalados em total desespero.

A forma como sou violado consegue ser mais violenta que a anterior. Ele afasta minhas pernas, empurra seu membro de forma brutal e dispara socos pelo meu corpo. Sinto que vou vomitar a qualquer momento.

-Você não passa de uma vadiazinha. Um divertimento. -Ele dispara entre gemidos.

Minhas lágrimas se intensificam, os soluços também. Seus gemidos e grunhidos são mais animalescos que os do imperador. Nem ao menos consigo gritar. A dor se apossa do meu corpo fraco. Não consigo mais segurar e vomito a única refeição que tive.

-Tão apertado, você nasceu pra isso! -Sussurra em forma de gemido perto do meu ouvido e profere sua última estocada cruel. -Isso só define o quando você merece ser usurpado, garotinho. -Dispara com desdém após se aliviar e me atingir com um último soco.


A porta se fecha, mas se abre em seguida e um homem entra com um balde e panos. De início me encolho rapidamente, acreditando ser mais um carrasco que vai violar meu corpo. Ele deixa o balde com apenas uma instrução "-Limpe-se". Os guardas, talvez na intenção de me humilhar e mostrar que sou inferior, mantem-se com a porta aberta, observando meus passos.

Pego o pano e, discretamente, passo atrás de mim até que um deles dispara.

-Vira para cá, ou não saberemos se fez direito.

Começo a chorar novamente. Me sinto violado, humilhado e frágil. Não sei quanto tempo mais aguentarei neste estado.
Porque fui notado? Perdi minha irmã, perdi minha inocência, perdi minha vida.

Império - HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora