Capítulo 27

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Hyunjin leva Felix para uma parte muito bonita do castelo que se assemelha a um museu a céu aberto, porém com um teto gigantesco de vidro, onde possibilita enxergar a luz natural da noite com as estrelas extremamente brilhantes. O lugar está repleto de luminárias clássicas e muitos quadros de antepassados, estátuas de gesso e argila, e muitas flores. Esta parte do castelo foi decorada especialmente pela mãe de Hyunjin, era o único ambiente que ele se sentia perto dela, porém não o frequentava a um tempo, desde que o pai o proibira de entrar. 

Desde a posse de Seungmin, Hyunjin pode entrar, limpar e redecorar conforme o gosto da mãe.
A mãe de Hyunjin era uma artista, assim como o filho. No entanto, ela gostava de fazer esculturas, mais que de pinturas, então muitas das esculturas de gesso e argila são obras dela. Uma, a mais primorosa das esculturas, a favorita de Hyunjin se trata de mãos delicadas, duas maiores e duas menores de um bebê, estas são as mãos da mãe e de Hyunjin. 

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Pov. Hyunjin

Observo o rostinho de meu amado se iluminar e a admiração em seus olhos me encanta e hipnotiza. Como posso ter passado tanto tempo vivendo sem ter sua presença em minha vida. Felix se tornou o ar que respiro, cada pulsação minha grita seu nome, não consigo mais imaginar uma vida sem ele. 

Observo-o e meu coração dispara, como se, a cada segundo que o tenho perto de mim, me apaixonasse mais e mais.

– Que lugar lindo. – Felix fala com um sorriso no rosto.

– Era o lugar especial de minha mãe. Ela que decorava e cuidava. Esse castelo é grande demais, então era seu refugio para fugir daquele... – Hesito, não quero trazer o monstro a nossa conversa. – Eu redecorei como ela costumava fazer.

– Ficou lindo. Ela deveria ser um doce. – Felix me encara com olhar piedoso e uma voz aveludada me acolhendo. – Deve sentir muito a falta dela.

– Sinto, realmente. Vê aquela escultura de mãos? – Ele assente com a cabeça. – São nossas mãos, acho que simboliza que nosso vínculo é eterno e sempre teremos um ao outro... Mas não foi por isso que te trouxe aqui.

– Não? – Seus olhos inocentes se enchem de dúvida.

– Sabe, Lix... desde que te conheci tinha certeza que você iria mudar muita coisa em mim. De fato, mudou. – Pego suas mãos e às beijo. Seu olhar duvidoso me acompanha, com um sorriso leve. – Minha mãe sempre disse que aqui era nosso refúgio, um lugar de amor, onde só isso entra... só amor. – Me ajoelho ainda segurando suas mãos. – Você me lembrou disso... me lembrou que o amor existe. Que ele pode ser lindo e transformar você. Felix, você aflorou em mim a necessidade de existir. Que seja por proteger alguém, por lutar, por amar. – Beijo os nós de seus dedos anelar e médio. – Por isso quero pedir que se case comigo. – Mostro-lhe o anel que era de minha mãe.

– Jinnie... – Com os olhos cheios de lágrimas ele me encara. ­– Nós... Nós podemos?

– Claro que podemos, meu amor. – Coloco o anel em seu dedo. – Podemos tudo que quisermos. Mas devemos, principalmente, ser felizes.

– Mas, você é um príncipe... pode... pode ter... – O calo com um beijo suave.

– Felix... – Sorrio e o encaro. – Duvida da luz dos astros, de que o sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor.

Nos beijamos fervorosamente por alguns minutos, até perder o controle em nossos corpos. Quando nos ligamos, simplesmente não conseguimos mais parar. É como uma atração magnética que possuímos. Ali, naquela bela sala, a luz do luar e cercados de flores, consumamos nosso noivado com muito afeto, paixão, paz e todo amor que um ser humano possa sentir pelo outro.

Quando o sol aparece acima de nós que percebo que passamos a noite abraçados ali. Nus, sem qualquer veste para dormir, cobertos por apenas uma manta para livrar-nos do frio da noite. Não consigo tirar meus olhos de Felix, agora, meu noivo. Acaricio seus cabelos enquanto observo-o dormindo tranquilamente. O silêncio e a paz deste momento são quebrados com batidas na porta.

Levanto-me rapidamente, vestindo pelo menos minha calça para atender a porta, enquanto Felix segue dormindo tranquilo. Abro a porta e encontro meu irmão mais novo.

– Sabia que te encontraria aqui. – Jeongin fala com um sorriso brincalhão. – Certamente acompanhado de um certo rapaz com sardas. – Ele ri e dou-lhe um soco leve no peito.

– O que você quer? – Sorrio timidamente.

– Seungmin convocou uma reunião de urgência, precisamos decidir o destino dele. – Seu rosto agora transpassa sobriedade e tensão.

– Precisam mesmo que eu esteja presente?

– Hyun, precisamos estar todos de acordo perante o imperador francês para mostrar nossa cumplicidade. E acredito que você não vá querer perder este momento.

– Jinnie? – Felix aparece enrolado em lençol atras de mim, sem aparecer na porta. Percebo Jeongin tentando espiar e estreito a fresta.

– Espere aqui fora. – Fecho a porta e vou até Felix beijando suavemente sua testa. – Meu amor, eu tenho um compromisso importante. Mas fique deitado mais um pouco, depois vista-se e pode ir aonde quiser, você está completamente seguro em qualquer lugar do castelo.

– Mas... tem certeza? – Seu olhar assume uma insegurança que não me agrada, mas o compreendo.

– Tenho, este lugar é minha propriedade e de minha família e, agora, você faz parte dela. – Ele me oferta um sorriso tímido. – Mas para você se sentir mais seguro vou determinar dois seguranças para andarem com você. Certamente Jisung ainda deve estar no castelo e, assim que acordar, pedirei que vá a seu encontro. Está bem assim?

Ele acena com um sorriso tímido e lhe dou outro beijo na testa. Logo saio para encontrar meu irmão sentindo o peso de deixar meu amado sozinho, mesmo que por poucos instantes. Os guardas que nos acompanham são designados a ficar para manter Felix seguro e nós seguimos nosso caminho.

– 'Jinnie'? – Jeongin fala debochando quando estamos sozinhos.


Dou-lhe outro soco leve e sorrio mandando ficar quieto. Entendo que ele deboche, mas eu gosto do apelido carinhoso que Felix criou.  

Império - HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora