O resgate

776 104 5
                                    

_Eu sei que você sabe onde ela está. - Afirmo com convicção

_Não. Eu não faço a mínima idéia.

_Não minta para uma autoridade, Marina. Ou você será acusada de cúmplice do sequestro da senhorita Williams.

_Eu... - Gagueja - Eu não sei de nada.

Passo a mão nos cabelos irritado e respiro profundamente. Esses dois dias em que a Zoe havia sido sequestrada estavam sendo perturbadores. Eu sequer havia conseguido dormir, sem ter pesadelos de coisas ruins acontecendo com ela. E infelizmente não havíamos encontrado nenhuma pista. O sangue naquela rua era realmente dela e isso havia me deixado ainda mais temeroso. Eu estava com os nervos a flor da pele, impossibilitado de conseguir fazer quaisquer outra coisa, além de procurá-la.

A ligação feita para o celular do Paul era de um número desconhecido, mas com o rastreio era possível encontrar o dono do aparelho.
E era justamente a Marina.
Eu acredito que ela não esteja envolvida nesse sequestro, mas que talvez tenha a sua parcela de culpa.
Eu estava ciente do quanto ela a odiava e a queria longe. Portanto seria muito conveniente a sua morte.
E apenas ao pensar nesta possibilidade, eu sentia o meu corpo estremecer. Eu estava tentando pensar positivo, mas a cada segundo essa demora se tornava torturante. Eu precisava encontrá-la e o mais rápido possível. E com vida, porquê senão eu não conseguiria suportar a sua ausência.

_Está me dizendo que este número não é o seu? - Mostro à ela

_Sim. Mas eu...

_Eu estou perdendo a paciência com você.

_Eu não sei onde ela está.

_Tem certeza? - Assente - Você estava presente quando ela foi sequestrada?

Ela se mantém em silêncio e começa a mexer as pernas compulsivamente. E o seu silêncio ensurdecedor faz com que a minha paciência se esgote totalmente.

_Se você não vai cooperar, eu irei fazer do jeito mais difícil.

_Como assim?

_Você está presa! - Pego as algemas - Tem o direito a se manter em silêncio.

_Você não pode fazer isso. Eu não fiz nada à ela.

_Todos os indícios apontam que você é a principal suspeita, visto que você é o seu único desafeto.

_Mas não fui eu.

_Terá que reunir provas comprovando as suas palavras. E eu te aconselho a encontrar um bom advogado, mas enquanto isso ficará presa.

_Não, não, não... - Começa a se desesperar - Eu não posso ir para a cadeia.

_Então comece a falar o que você sabe. Senão este será o seu destino. - Ameaço - E você pode ter certeza que o Paul Williams destruiria a vida da pessoa que fez isso com a filha dele. E convenhamos que a sua vida não está perfeitamente estável.

_Eu não sabia de nada. Eu juro à você.

Eu soube que ela havia sido demitida e coincidentemente foi a última pessoa que esteve com a Zoe antes dela ser levada.

_Nós estávamos conversando naquele parque. Eu estava tentando convencê-la a voltar atrás a respeito da minha demissão. - Diz - E de repente um carro a atropelou.

_Ela estava viva ainda?

_Sim. Ela conseguia dizer algumas palavras.

_Por que não a ajudou?

Ela engole seco e eu compreendo o seu silêncio. Ela até não teria culpa, mas seria indiciada por ser cúmplice.

_Não era conveniente para você. A minha namorada estaria morta e o seu caminho ficaria livre.

Sublime AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora