Sublime Amor

Verdades secretas

Um suspiro de frustração escapa inconscientemente de mim. Era esse o sentimento que a Marina conseguia me despertar com as suas sandices. Ela realmente estava usando de todas as artimanhas possíveis para tentar romper o meu relacionamento com a Zoe. Ela não possuía limites. Como se não bastasse toda a avalanche de problemas; os repórteres, a investigação e as pessoas contra nós. Ela conseguia ser insuportavelmente desnecessária. Eu deixei muito claro que jamais voltaríamos a nos relacionar e aparentemente ela não compreende.

_Eu não acredito em você. Eu não acredito em nada do que você diz.

_Não seja tola. Por qual outro motivo ele estaria com você?

_Por amor.

_Você realmente acredita que ele te ama? - Manuseia a cabeça - Você é mesmo uma idiota.

_Chega! - Digo irritado - Vamos entrar. Não precisamos provar nada à ela.

_Ele está usando você. Ele sabe o quanto você é valiosa. E como ele poderia lucrar com você.

_Eu tenho pena de você, Marina.

_Eu é quem sinto pena de você. Você irá descobrir como as pessoas podem ser mesquinhas e até mesmo as mais próximas de você. As pessoas irão se aproximar com um único intuito. Todas querem ser amigos da herdeira Williams. E principalmente os homens. - Reviro os olhos - E o Josh foi extremamente inteligente. Ele soube te conquistar, antes da verdade vir à tona. Ele é muito inteligente, eu devo admitir.

_Eu não sabia da verdade. Eu descobri juntamente com o Paul.

_Será? - Provoca - Eu acho que não. Por qual outro motivo você faria tudo o que fez?! Admita, Josh, você sempre soube da verdade e por isso fez essa idiota se apaixonar por você. Porquê o seu verdadeiro interesse é o dinheiro da família dela.

_Não... - Nego - O meu único e sincero interesse na Zoe é ela. Eu a amo e isso não vai mudar. Então não perca o seu tempo tentando nos envenenar. Porque mesmo que não fiquemos juntos, você pode ter certeza que nós nunca mais iremos nos relacionar novamente.

_Vamos embora. Ela não vale a pena.

Entramos na delegacia, enquanto aguardávamos o Paul. Bebemos um copo de água, para nos tranquilizar. A delegacia estava sem muitas pessoas, portanto não seria um problema esperar aqui dentro. Sem contar que provavelmente daqui a pouco a imprensa estará na porta.

_A Marina não nos deixará em paz tão cedo.

_Ela não tem limites.

Ela segura o copo de plástico nas mãos e evita me encarar diretamente.

_Josh...

_O que aconteceu, meu amor? - Sento ao seu lado - Não está se sentindo bem?

_Eu estou bem. - Engole seco - Eu gostaria de te fazer uma pergunta.

_Faça, meu amor.

_Você sabia? - Suspira - Sabia que eu era filha do Paul?

_Você acreditou nas palavras dela?

_Eu não... - Aperta o copo - Desde quando você sabe dessa informação?

_Eu não acredito que você está duvidando de mim.

_Eu não estou duvidando de você.

_É claro que está. Você acha mesmo que eu seria capaz de fazer isso? - Questiono - Acredita que eu sabia desde que eu te conheci?

_Não. Eu não acredito.

_Por que eu não sinto convicção nas suas palavras?

_Eu acredito em você, Josh. Eu estou apenas confusa.